Durante a entrevista coletiva, Delvito Alves também respondeu a perguntas sobre nepotismo, distribuição de cargos na Prefeitura, omissão de informações à Câmara Municipal, operação tapa-buracos, caso chácaras Rio Preto e Park Areia, piso salarial do magistério e centro administrativo.
Com relação à distribuição de cargos comissionados (sem concurso) na Prefeitura, ele disse que a administração está nomeando pessoas de sua confiança para os mesmos cargos criados pelo governo anterior. Delvito, porém, observa que deve haver uma renovação do que considera ultrapassado. "Os vereadores não criaram nenhum cargo novo na estrutura administrativa", explicou o prefeito, acrescentando que há necessidade de fazer uma reforma administrativa "a fim de transformar esse modelo arcaico que está aí todos esses anos, e avançar".
Outra polêmica questionada diz respeito ao nepotismo – investir parentes em cargos comissionados na administração pública municipal. Segundo o prefeito, não há nenhuma inconsistência ou ilegalidade no quadro funcional atual, pois não houve até agora nenhuma recomendação do Ministério Público sobre o tema. "O Ministério Público está consciente de tudo o que acontece na administração", sentenciou.
A operação tapa-buracos desencadeada pela administração também foi questionada como "dinheiro jogado fora". Delvito retrucou as críticas, aos afirmar que a operação está sendo realizada de forma "segura, equilibrada e profissional". Segundo ele, ao contrário do governo anterior , que jogava emulsão asfáltica por cima dos buracos sem nenhum critério, sem profissionalismo, e os veículos da população é que faziam a compactação ao transitar. "Atualmente", ele explica, "fazemos o mesmo serviço que é feito nas rodovias federais, ou seja, um trabalho altamente profissional, respeitando o dinheiro público e os anseios da população".
O prefeito também foi questionado sobre o mandado de segurança impetrado pela Câmara Municipal cobrando dele informações sobre atividades administrativas. Delvito negou que esteja omitindo informações aos vereadores e disse que a solicitação diz respeito ao último quadrimestre do governo passado. "Como esses dados são da outra administração, as informações estão à disposição dos vereadores no Tribunal de Contas", replicou.
Indagado também sobre o fim do Programa Segundo Tempo, escolinha para a prática esportiva de alunos de escolas públicas no contraturno do período escolar, o prefeito afirmou se tratar de um programa federal que se encerrou no mês de junho. O gestor informou, porém, que o município está se habilitando para credenciar novos programas.
Com relação ao caso Chácaras Rio Preto e Park Areia, Delvito foi sintético em sua resposta: "Houve falhas. Vendeu quem não podia vender. Comprou quem não podia comprar. E errou o município, que não apenas deixou construir, como usou suas próprias máquinas para abrir ruas no loteamento". Agora, segundo ele, sobrou para quem tem interesse em fazer. "Nós vamos fazer, custe o que custar", enfatizou.
O piso salarial do magistério e o centro administrativo também foram alvos de cobrança. Referente ao piso salarial, o prefeito disse que tem compromisso "moral e ético" com a causa. "Recuperando a receita municipal, nós vamos pagar o piso salarial aos professores, conforme compromisso assumido por mim", afirmou, observando ainda que a Prefeitura contratou o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), para fazer a reformulação administrativa no município. "Com o diagnóstico do Ibam, vamos tomar pé da situação caótica, difícil e degradante em que se encontra o pessoal administrativo da Prefeitura de Unaí", afirmou.
Perguntado se estava abandonando o sonho da construção do Centro Administrativo, em razão da situação financeira do município, Delvito respondeu que "a hora é de dar prioridade à prestação de serviços essenciais à população". Ele afirmou, no entanto, ter esperança da permuta proposta pela Prefeitura para a Unimontes da doação de um terreno municipal nas margens da rodovia, ao lado de onde será erguida a Escola Técnica Federal (a ser administrada pela própria Unimontes). Em troca, o município ficaria com a área da escola politécnica, a qual o município poderia utilizar para abrigar unidades administrativas.
"Estamos buscando com o reitor essa parceria, para resolvermos num prazo mais curto a redução do grande número de aluguéis que o município é obrigado a pagar", explicou Delvito, para quem concentrar o maior número de órgãos municipais no mesmo lugar gera uma economia significativa, reduz o custo funcional e facilita a vida do cidadão que precisa do serviço público.
fonte:unainet
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