O Bolsa Família apresentou resultados importantes ao longo de seus 12 anos de existência. Desde a sua criação, em 2003, o programa de transferência de renda ajudou a tirar cinco milhões de pessoas da extrema pobreza. Os números do programa acabaram chamando a atenção do resto do mundo. Hoje, segundo o Banco Mundial, 52 países utilizam o mesmo formato do Bolsa Família em seus programas de transferência de renda.
Entre 2011 e 2015, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu 406 delegações de 97 países, interessadas em entender melhor o funcionamento do programa. Nesse período, o ministério também participou de mais de cem eventos internacionais, como seminários, workshops e oficinas, com o objetivo de apoiar e facilitar o intercâmbio de conhecimentos e experiências, principalmente no hemisfério sul.
WILL NUNES: para quem crítica o bolsa família no Brasil , em países ricos a ideia é semelhante. Leia o exemplo da Finlândia uma dos países mais ricos do mundo:
Segundo recente reportagem da BBC, o governo finlandês está considerando um projeto em que o Estado pagaria uma quantia “básica” a seus nacionais de baixa renda. Segundo o primeiro-ministro do país, a renda básica significaria “simplificar o sistema de seguridade social”. Numa economia em que 10% da força de trabalho não consegue encontrar emprego, o esquema de renda mínima pretende substituir as burocráticas políticas sociais de apoio aos desempregados.
A ideia de substituir a complicada seguridade social por políticas sociais de transferência direta de renda não é nova. Ela ecoa a defesa, pelo economista liberal Milton Friedman, de políticas sociais focalizadas, em vez de universais.
O argumento é simples: se queremos que as políticas sociais sejam eficientes, elas devem beneficiar os mais pobres. “Eficiência”, aqui, não é uma palavra-chave para economistas sem coração. Uma política é ineficiente quando desperdiça dinheiro e, por isso, acaba por beneficiar menos pessoas, ou quando atinge as pessoas erradas: aqueles que não precisam de ajuda do governo.
Pode parecer óbvio que o Estado deveria preferir políticas sociais eficientes, mas, na prática, isso raramente acontece. Muitas vezes, sob a retórica de proteger os pobres, o governo beneficia mais a classe média que as classes baixas. Cria políticas populistas, com a prioridade não de mitigar a pobreza, mas de manter vínculos paternalistas entre indivíduos pobres e políticos eleitoreiros. Ou, ainda, prende os desempregados a umaarmadilha da pobreza, em que conseguir um emprego pode diminuir a renda do beneficiado, com o corte dos benefícios previdenciários.
As políticas sociais mais eficientes e com o maior alcance são aquelas em que o dinheiro é repassado diretamente aos mais pobres, sem intermédio de burocratas ou compra prévia de produtos, sendo dada a eles a liberdade de escolher no que gastá-lo. Esse é o princípio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e de políticas sociais defendidas por economistas liberais, como vouchers na educação. Se o programa finlandês passar pelo crivo constitucional, os mais pobres e desempregados daquele país se beneficiarão grandemente com a focalização e eficiência.
Para quem não conhece a Finlândia vai aí, alguns dados:
Finlândia, ou você ama ou odeia! É isto mesmo, o país e a cultura são tão diferentes que as reações são de amor ou ódio a primeira vista. Existem brasileiros que visitaram ou moraram aqui que não querem mais voltar, seja por causa do frio, da escuridão, a língua, a frieza da população ou mesmo a distância para o Brasil. E tem aqueles que adoram o país e conseguem ver as vantagens sobrepor-se as desvantagens, que afinal, existem em qualquer sociedade. Eu, como me enquadro nas pessoas que amam e escolheram a Finlândia como lugar para morar, vou falar para vocês das 10 razões para se morar aqui.
1. Segurança
Esta é a primeira razão e salta aos olhos quando você conhece a Finlândia. Desde quando você deixa o casaco na cadeira da cafetería enquanto vai fazer o seu pedido no balcão, até o momento que você percebe que pode andar nas ruas seja que hora for da noite sem se preocupar com assaltos.
A Finlândia é considerada um dos países mais seguros para se morar onde as taxas de roubos de carro, assaltos a casas e comércio são muito baixas e taxas de assaltos a mão armada e sequestros são simplesmente inexistentes.
2. Qualidade de vida
A Escandinávia já é conhecida pela sua qualidade de vida. Dentro desta perspectiva, a Finlândia novamente ocupa o primeiro lugar. A preocupação com a igualdade faz com que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos a uma qualidade de vida razoável. Isto significa, moradia para todos, auxílio desemprego substancial, saúde, educação, opções de lazer, etc.
3. Educação
A Finlândia tem uma das melhores educações do mundo. Seus estudantes já estão há cinco anos no topo das pesquisas do PISA. A educação é gratuita em todos os níveis e as escolas possuem uma excelente infraestrutura. Os estudantes podem frequentar uma escola perto da sua casa e ganham todo material escolar gratuito. Todos os professores têm cinco anos de formação onde um terço é conteúdo pedagógico e a categoria está satisfeita com a profissão.
Pesquisas deste ano (2014) apontam o ensino finlandês como o mais eficiente do mundo. O país não se destaca somente pela educação de ensino fundamental, mas também pelas suas universidades e os excelentes cursos de formação de adultos.
4. Cidades limpas, ar puro
Este não é um atributo somente da Finlândia, muitas cidades européias são conhecidas por serem sempre limpas, mas uma coisa que não dá para discutir é a pureza do ar da Finlândia. Talvez pelos seus lagos, talvez pela natureza que está em toda parte, mas o país tem um dos ares mais puros do planeta. O controle do tráfego e poluição nas grandes cidades é uma questão levada muito a sério. Helsinki foi considerada neste ano como a capital de ar mais limpo.
5. Contato com a natureza
Se você gosta de natureza, a Finlândia é o seu lugar. O país conta com mais de 76% do seu território de florestas e é considerado o país de mais elevada taxa de área florestal da Europa. Você não precisa caminhar muito para encontrar uma porque a natureza está em toda parte. A relação e o respeito dos finlandeses com a natureza é algo também de se admirar. Tanto que está incluído no programa de toda escola de educação infantil o dia da caminhada na floresta e este hábito continua mesmo no inverno.
6. País menos corrupto
Não é só as cidades e o ar que respiramos que é limpo na Finlândia, o país tem um dos menores graus de corrupção do planeta e a gestão política é uma das mais transparentes do mundo. O país ocupa juntamente com a Dinamarca o honroso lugar de 90 pontos, pontos máximos nos índices do relatório da ONG Transparência Internacional. Isto nos faz respirar mais aliviados pois sabemos que os nossos impostos estão sendo bem aplicados e não importa qual partido esteja no governo, a prioridade será sempre o cidadão.
7. Top em tecnologias
Bom, se você gosta de tecnologias ou quer estudar tecnologia este é o país ideal. Apesar do triste desfecho da Nokia o país ainda produz tecnologia de ponta e acessível a todos. As universidades finlandesas como Helsinki e Aalto desenvolvem programas especiais de ultra tecnologia e estão sempre em busca de parceiros internacionais para agregar valor a sua expertise em diversas áreas.
Notícias recentes mostram que um pesquisador da Aalto desenvolveu um programa de buscas na internet muito mais avançado que a Google. Porém, resolveu continuar as pesquisas em vez de lançar no mercado.
8. Internet grátis
Aproveitando o ensejo, quero contar para vocês que na Finlândia a Internet é gratuita para todos. Isto mesmo, o país foi o primeiro a tornar o acesso à banda larga um acesso a todos. Estar conectado para o finlandês é considerado uma necessidade básica, por este motivo temos a Internet de 1MB gratuita.Claro que não se faz muita coisa com isto além de checar o e-mail e facebook, mas em defesa devo dizer que as Internets pagas também figuram entre as mais baratas do mundo.
9. Assistência social
Fazem parte do sistema de benefícios sociais todos os cidadão finlandeses e todos os estrangeiros devidamente regulamentados no país. O famoso KELA garante auxílio desemprego, moradia, estudante, para mães que cuidam dos filhos em casa, bolsa família até 17 anos, ajuda de aluguel, salário para pais de família que estão no exército, auxílio para o cuidado de idosos e deficientes físicos, etc. Ainda proporciona que você tenha todo o atendimento médico e dentário quase gratuito.
Tratamentos caros como câncer e Aids são quase que totalmente custeados pelo governo e a pessoa paga uma taxa mínima. Isto dá uma tranquilidade em relação ao futuro, pois nunca se sabe o dia de amanhã!
10. Criação de filhos
Logicamente que depois destes nove motivos acima você já deve ter se convencido de que a Finlândia é um dos melhores lugares para se criar um filho. Além da noção impecável de ética que seu filho vai aprender e do estudo de altíssima qualidade que ele vai receber gratuitamente, o país é todo moldado em sua infraestrutura para atender a mães com filhos. Você encontra uma grande facilidade em todos os tipos de lazer e entreterimento e cursos que você pode levar seus filhos, além de encontrar em cada repartição pública e restaurante um cantinho especial com brinquedos para eles.
Você pode andar tranquilamente com o carrinho de bebê pois em todo lugar existem rampas e os ônibus, trens e bondes foram planejados para os carrinhos. Ainda em Helsinki quem entra num transporte público com um carrinho não precisa pagar a passagem!
Existem muito mais que dez motivos para se amar e escolher um país, estes são os que eu escolhi. Convido você a visitar a Finlândia e verificar por você mesmo este país sui generis que fica completamente branco no inverno, escuro no outono, dourado pelo sol da meia noite, iluminado pela aurora boreal, colorido na primavera e espelhado na imagem de cada lago.
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