Não será fácil para o atual secretário de governo do Estado de Minas Gerais e deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Odair Cunha, conter os ânimos de seus colegas de partido quando o assunto é a sucessão municipal do próximo ano.
Escrito por Jornal Edição do Brasil em Política -
O secretário Odair Cunha terá
muito trabalho pela frente
(Foto:Divulgação)
Este tema, se não for bem trabalhado, vai terminar provocando ruídos na aliança entre petistas e peemedebistas. O vice-governador Antônio Andrade, ainda presidente de seu partido, não quer discutir o assunto por enquanto, pois no momento cuida de estancar feridas abertas desde a formação da equipe do atual governo estadual, ocasião onde ele atuou como um dos negociadores, mas não teve como evitar os desgastes.
Petistas em campo
O crescimento do PT no Sul de Minas está sob a mira do próprio secretário de governo, Odair Cunha, onde ele é majoritário. Mas, em outras localidades, a procissão segue em ritmo diferente.
Saindo do Sul e indo para o Norte, o atual secretário de Estado do Desenvolvimento Integrado dos Vales Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas (Sedivan), deputado Paulo Guedes, já está em campanha como candidato a prefeito de Montes Claros. Neste caso, um confronto partidário provavelmente se estabeleceria. Afinal, o PMDB do vice-governador Antônio Andrada é o mesmo partido do atual vice-prefeito. Mas, Guedes não dar a menor importância para essa realidade e segue em frente com seu projeto político.
Uma delicada situação poderá acontecer em Juiz de Fora. O prefeito Bruno Siqueira, uma das jovens estrelas do PMDB, tem como principal rival a deputada federal do PT, Margarida Salomão. Eles já duelaram no segundo turno do último pleito, mas a promessa é que tudo se repetirá na peleja de 2016.
No Vale do Aço, onde o PT reina absoluto, por enquanto, há calmaria entre os dois partidos aliados do governador Fernando Pimentel. Basta ver que Ipatinga, Valadares, Coronel Fabriciano e Timóteo são comandados por petistas. Consta que até mesmo a família Quintão, do PMDB, já teria feito um acordo para não criar dificuldades à recandidatura da atual prefeita Cecília Ferramenta, em Ipatinga. Tudo isso em troca do apoio de setores do PT ao deputado Leonardo Quintão, em Belo Horizonte.
Para tentar fechar o cerco na região metropolitana, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, deputado federal Miguel Corrêa, aproveita as horas de folga para fazer contatos políticos com alguns dos atuais prefeitos, além de prováveis candidatos sem municípios próximos à capital mineira. Concentra-se, no momento, um trabalho de reforço da musculatura política da Maria do Carmo Lara para tentar reconduzi-la à Prefeitura de Betim.
Por outro lado, nada comentam sobre a sucessão de Nova Lima, onde o atual prefeito Cassinho é do PMDB.Uma questão difícil é Contagem, se consideramos que o atual prefeito Carlin Moura não está bem avaliado. Assim, abre-se a possibilidade do surgimento de novos nomes, incluindo o PT, por meio da ex-prefeita e deputada estadual Marília Campos. Porém, existe a possibilidade do deputado Newton Cardoso Junior, (PMDB), aceitar a ideia de entrar na disputa, o que seria um pesadelo para o grupo petista.
Tido e havido como peemedebistas histórico, Antônio Júlio, ex-presidente da Assembleia, tem confessado a amigos a vontade de não ser candidato pela segunda vez a prefeito de Pará de Minas. Com isto, o atual chefe do Executivo local poderia está abrindo mão de uma prefeitura importantíssima, já que o município é uma porta de entrada do Oeste Mineiro.
Seguindo essa mesma rota, chega-se a Uberaba, cidade chefiada por outro representante do PMDB, Paulo Piau. Trata-se de um município onde o eleitor tem um perfil mais conservador, e o PT por lá não tem tanta densidade eleitoral. Mas, se a eleição fosse hoje, Piau poderia ser derrotado pela oposição, tendo à frente uma junção de partidos: Democratas, PSDB e PSB, entre outras Siglas.
Considerado o segundo colégio eleitoral do Estado, Uberlândia é a “menina dos olhos” dos petistas. O prefeito Gilmar Machado, é um político de prestígio em BH e Brasília, mas passa por um desgaste político que seus amigos apostam reverter em breve, antes mesmo de terminar o primeiro semestre deste ano. Na capital do Triângulo Mineiro, o PMDB é fraquíssimo. Tem como liderança apenas o deputado estadual Leonídio Bouças, incapaz de fazer sombra ao grupo que atualmente domina a situação por lá. O duelo do prefeito Gilmar pode se dar numa eventual peleja com o ex-prefeito, o deputado federal Odelmo Leão. Aliás, ele se gaba de nunca ter perdido uma eleição.
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