Sem opção e liderança para conduzir sua sucessão, o governador
Anastasia deu início nesta quarta-feira (15/01), ao desmonte da
estrutura de Poder na área de saúde, entregue desde 2003, ao presidente
do PSDB mineiro deputado federal Marcos Pestana, aliado de Andréa Neves.
Tudo ocorreu após o afastamento de Andréa do governo, trazendo sérias
dificuldades para a articulação política de Anastasia. Andréa e Pestana
defendiam um projeto político que se chocou com o defendido por
Anastasia e Aécio, principalmente em relação à escolha do candidato ao
cargo de governador pelo PSDB.
Aécio e Anastasia defendem a candidatura de Pimenta da Veiga,
enquanto Andréa e Marcos Pestana trabalhavam para que ela fosse a
escolhida, visto a alegada desunião e desagregação do partido com a
imposição de Pimenta.
Com a saída de Andréa da condução da articulação política, Marcos
Pestana passou a defender que fossem realizadas prévias no PSDB para a
escolha de quem seria o candidato ao Governo de Minas. Esta decisão
encurralou Anastasia e Aécio, pois Pestana, além de ser o presidente,
detém junto com Andréa, o controle absoluto sobre o diretório estadual
do partido.
As alternativas eram a realização de prévias defendidas por Pestana
ou a intervenção do diretório nacional presidido por Aécio. Ambas as
soluções são consideradas inoportunas, pois demonstrariam a divisão do
partido em Minas, refletindo na pretendida candidatura de Aécio a
presidência da República.
Após o insucesso nas diversas tentativas para modificar a opinião
de Pestana e ciente que as prévias já ganham corpo, Aécio e Anastasia
decidiram retirar o Poder de Pestana na importante área da saúde.
Aproveitando-se da saída do secretário de saúde Antônio Jorge - que
pretende candidatar-se a deputado estadual - o governador sondou quase
uma dúzia de técnicos e políticos para que alguém assumisse a vaga. O
intuito era pressionar Pestana por meio da perda de Poder, colocando em
risco, inclusive, sua reeleição para deputado federal.
Os convidados recusaram o convite com receio das conseqüências que
virão, principalmente através de Andréa, que desde 2003, espalha medo e
terror. Sem opção, Anastasia convocou o seu considerado “bate pau”,
Alexandre Silveira, que assumiu a Secretaria onde, em tese, permanecerá
até março caso queira disputar a reeleição de deputado federal.
Aécio está dedicando-se integralmente a difícil tarefa de construir
sua candidatura presidencial, sem tempo para dedicar-se à política
mineira e sem sua irmã Andréa para fazê-lo, a situação tende a
agravar-se, levando Anastasia a tomar medidas como a de retaliar para
através do medo impor sua vontade.
fonte:novojornal
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