A suspeita de especialistas em segurança pública e da própria população mineira de que o número de homicídios no Estado é maior do que o divulgado em estatísticas oficiais tem fundamento. Mais do que uma hipótese, a diferença é provada por um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A taxa de homicídios em Minas é, na verdade, 24% maior do que o divulgado pelas autoridades. Porcentagem superior à brasileira, cuja taxa real é 18% acima dos números oficiais. Os casos estavam “escondidos” em meio às mortes de causas indeterminadas.
Isso significa que, levando em conta os 15 anos analisados pelo estudo (1996 a 2010), Minas tem uma média de 730 homicídios ocultos por ano. Ao todo, foram 10.959 crimes negligenciados. “É razoável que os dados mineiros apresentem uma taxa maior do que a nacional porque Minas, junto com outros seis estados, puxa a média brasileira para cima”, explica o autor do levantamento, Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da
Democracia do Ipea.
Os maiores índices de mortes indeterminadas foram verificados, além de Minas Gerais, na Bahia, Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, em Roraima e em São Paulo. “Uma das explicações para o problema é a falta de articulação entre as organizações envolvidas na alimentação dos dados. Ao passar pelo perito da Polícia Civil, pelo Instituo Médico-Legal e pela Secretaria de Saúde, muita informação é perdida ao longo do caminho”, afirma Cerqueira.
Outro gargalo é a falta de organização e estrutura dos órgãos. “Temos de considerar que, desde o início, existem falhas. São cenas de crimes que não são preservadas, por despreparo ou conivência, são peritos e legistas sem treinamento e tecnologia e técnicos da saúde sem disposição ou treinamento para ir a fundo nos casos”, argumenta o pesquisador.
A taxa de homicídios em Minas é, na verdade, 24% maior do que o divulgado pelas autoridades. Porcentagem superior à brasileira, cuja taxa real é 18% acima dos números oficiais. Os casos estavam “escondidos” em meio às mortes de causas indeterminadas.
Isso significa que, levando em conta os 15 anos analisados pelo estudo (1996 a 2010), Minas tem uma média de 730 homicídios ocultos por ano. Ao todo, foram 10.959 crimes negligenciados. “É razoável que os dados mineiros apresentem uma taxa maior do que a nacional porque Minas, junto com outros seis estados, puxa a média brasileira para cima”, explica o autor do levantamento, Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da
Democracia do Ipea.
Os maiores índices de mortes indeterminadas foram verificados, além de Minas Gerais, na Bahia, Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, em Roraima e em São Paulo. “Uma das explicações para o problema é a falta de articulação entre as organizações envolvidas na alimentação dos dados. Ao passar pelo perito da Polícia Civil, pelo Instituo Médico-Legal e pela Secretaria de Saúde, muita informação é perdida ao longo do caminho”, afirma Cerqueira.
Outro gargalo é a falta de organização e estrutura dos órgãos. “Temos de considerar que, desde o início, existem falhas. São cenas de crimes que não são preservadas, por despreparo ou conivência, são peritos e legistas sem treinamento e tecnologia e técnicos da saúde sem disposição ou treinamento para ir a fundo nos casos”, argumenta o pesquisador.
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