segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

AÉCIO CORRE O RISCO DE ABRIR CAMINHO PARA EDUARDO CAMPOS

“Às vezes, na política, o atirador é tão competente que mira num alvo para acertar no outro. Quem fez política no Brasil com a bandeira do choque de gestão foi Aécio. Quem aparece na política como mais novo, repondo o tema do choque de gestão e que agrega o que a Aécio falta, a política social, é Eduardo. Toda vez que ele põe o tema gestão em debate, não sinto respingar na Dilma, mas toma espaço de quem fez política nos últimos 10 anos falando em choque de gestão. Se brincar, fica Eduardo com a gestão e Aécio com o choque”, disse.
Para o governador de Sergipe, não há anormalidades nos caminhos que Eduardo Campos tem trilhado com vista à se fortalecer nacionalmente. “Ele foi uma das forças políticas que se fortaleceram com as eleições de 2012. Ele precisa construir um ativismo que permita à Nação e parceiros políticos entenderem o significado desse crescimento. É como alguém que frequenta há um ano a academia e quando vai para à praia, tira a camisa. Se ficar de camisa vai esconder os músculos que conseguiu com muito esforço. Então, o que Eduardo está fazendo é exibindo os músculos e mostrando que o PSB, a cada dia que passa, se credencia a, no futuro, lançar uma candidatura presidencial própria”, argumentou.
Ao responder a um questionamento sobre quem oferece mais risco a Dilma, se Campos ou Aécio, Déda mudou o foco da resposta e reafirmou que “se tem alguém a quem Eduardo põe em risco, chama-se Aécio Neves”, ao passo que foi retrucado pela repórter de O Globo: “mas se Eduardo disputar pode tirar votos de Dilma”.

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