Papel e lápis na mão. Ou melhor, calculadora. Mesmo sem contar a
cadeira de presidente da Câmara dos Deputados, terceiro cargo eletivo
mais importante do País, para a qual a legenda concorre como favorita na
manhã desta segunda-feira 4, o PMDB exibe hoje uma robustez inédita
entre os partidos políticos brasileiros. A legenda detém a
vice-presidência da República, com Michel Temer, a presidência do
Senado, arrebatada com folga na sexta 1 por Renan Calheiros, cinco
ministérios (Agricultura, Integração Nacional, Minas e Energia,
Previdência e Turismo), cinco governos estaduais (MA, MS, MT, RJ e RO),
18 senadores, 79 deputados federais, 152 deputados estaduais, 1.020
prefeitos e 7.964 vereadores. Ufa!
Tamanha estrutura provoca arrepios entre os adversários – e o temor
de que, caso Henrique Alves vença a disputa na Câmara, crie-se uma
hegemonia difícil de ser quebrada. Para chegar à presidência do Senado, o
PMDB contou com os votos da bancada do PT. A mesma estratégia está
acertada para se repetir na Câmara. A ordem neste sentido partiu tanto
dos líderes da legenda, como da presidente Dilma Roussef. A poucas horas
de decisão na Câmara, porém, desponta o receio de que, sempre com o
apetite aberto, o PMDB possa criar mais problemas do que soluções para o
governo com tanto poder nas mãos de seus filiados mais ilustres.
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