segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A FORÇA DO PMDB

Papel e lápis na mão. Ou melhor, calculadora. Mesmo sem contar a cadeira de presidente da Câmara dos Deputados, terceiro cargo eletivo mais importante do País, para a qual a legenda concorre como favorita na manhã desta segunda-feira 4, o PMDB exibe hoje uma robustez inédita entre os partidos políticos brasileiros. A legenda detém a vice-presidência da República, com Michel Temer, a presidência do Senado, arrebatada com folga na sexta 1 por Renan Calheiros, cinco ministérios (Agricultura, Integração Nacional, Minas e Energia, Previdência e Turismo), cinco governos estaduais (MA, MS, MT, RJ e RO), 18 senadores, 79 deputados federais, 152 deputados estaduais, 1.020 prefeitos e 7.964 vereadores. Ufa!

Tamanha estrutura provoca arrepios entre os adversários – e o temor de que, caso Henrique Alves vença a disputa na Câmara, crie-se uma hegemonia difícil de ser quebrada. Para chegar à presidência do Senado, o PMDB contou com os votos da bancada do PT. A mesma estratégia está acertada para se repetir na Câmara. A ordem neste sentido partiu tanto dos líderes da legenda, como da presidente Dilma Roussef. A poucas horas de decisão na Câmara, porém, desponta o receio de que, sempre com o apetite aberto, o PMDB possa criar mais problemas do que soluções para o governo com tanto poder nas mãos de seus filiados mais ilustres.

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