segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DILMA E ANASTASIA SEM MUITAS NOVIDADES

Em nove meses de mandato, os chefes dos Executivos estadual e federal ainda não conseguiram imprimir marcas próprias em suas administrações. O governador Antonio Anastasia (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) estão em um período de transição. Ambos representam a continuidade dos projetos de seus antecessores, dos quais são afilhados políticos.

Tanto o senador Aécio Neves (PSDB), em Minas, quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, ficaram oito anos no poder, quase sempre voando no céu de brigadeiro da popularidade. A dúvida sobre os herdeiros das cadeiras é se, no primeiro ano de gestão, ou mesmo nos quatro, serão capazes de deixar um legado claro ou simplesmente vão reciclar os anteriores.

Em comum, Anastasia e Dilma têm a chamada "ênfase no gerencial", como aponta o cientista político Paulo Roberto Filgueira. Os dois, segundo o especialista, não aspiram ser grandes lideranças e, assim, preferem não arriscar e mantêm o que já vinha sendo executado.

"A tendência é ficar no fio da navalha, sem colocar em risco a boa avaliação do governo antecessor", analisa o professor da UFJF.

Vazio. O projeto de continuidade explícito nas gestões em Minas e no governo federal dificulta a afirmação de que as duas gestões não têm marcas. A avaliação é do cientista político Bruno Reis, da UFMG. "À primeira vista, a marca é a marca dos governos anteriores", diz.

Reis acrescenta que é injusto julgar, neste momento, as duas administrações "porque não foi isso que ofereceram na campanha". A ressalva é feita pela perspectiva das carreiras do governador e da presidente. "Os dois são atípicos, não têm vasta carreira política e não estariam preocupados em estabelecer uma estampa".

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