Os brasileiros Arthur de Oliveira
Abrantes e Walquíria Lajoia Garcia estão entre os 212 estudantes
estrangeiros (10,4% do total) admitidos em 2016 pela Universidade Harvard,
nos Estados Unidos. O resultado foi divulgado na quinta-feira (31)
individualmente para cada candidato. Ambos também foram aceitos por
outras instituições.
Nascido em Paracatu
(MG),Arthur de Oliveira Abrantes, de 18 anos, sempre estudou na rede
pública de ensino. Nos primeiros anos em escola municipal, depois migrou
para estadual e concluiu o ensino médico no Instituto Federal do
Triângulo Mineiro.
Além de Harvard, André foi aceito em Stanford, e em outras seis
instituições norte-americanas. Como Walquíria, o estudante também
aguarda os resultados dos pedidos de bolsa de estudo para se decidir em
qual delas vai se matricular. O pai, que trabalha como mecânico, e mãe,
como cuidadora de idosos, não teriam como bancar uma despesa anual de
mais de R$ 250 mil.
Arthur conta que gosta de tecnologia e de ciências humanas, por isso
ainda não se decidiu o que vai cursar nos Estados Unidos. A inspiração
de estudar fora do país veio após conhecer, por meio de uma entrevista
na TV, a história de Tábata Amaral,
de 21 anos, que morava na periferia de São Paulo e foi aceita em seis
instituições americanas. Ela se forma em maio deste ano, e voltará para o
Brasil.
“Fiquei impressionado com a história dela. Estava no primeiro ano do
ensino médio, comecei a planejar e aprender inglês com ajuda de um app
no celular. Aprendi sozinho”, diz.
O jovem sempre gostou de ocupar o tempo fora na escola. Durante a
educação básica, participa de atividades como teatro, monitoria,
iniciação científica e participação em uma banda. Também criou um curso
de inglês para crianças, e outro, on-line, de gerenciamento de projetos
sociais.
Em 2015, André participou do programa Jovens Embaixadores e viajou
para Washington, nos Estados Unidos. “Acho que esse foi o forte do meu
application [processo de seleção dos candidatos], o fato de eu
aproveitar as oportunidades. Não tive muitas, mas fiz coisas legais com
as que eu tive”, afirma.
No futuro, Arthur pretende ser empreendedor, investir em educação
pública, ou ainda, se envolver com projetos de políticas públicas.
Via G1.com.br
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