A cidade de Juvenília, no extremo Norte de Minas, está vivendo uma situação incomum: tem mais eleitores do que habitantes. Dados mostram que são 5.861 pessoas residentes na cidade, com base no censo corrigido do IBGE, e 5.952 eleitores, de acordo com os dados da Justiça Eleitoral. Um dos problemas é a grande quantidade de transferência de eleitores, inclusive das cidades da Bahia. Juvenília é separada da Bahia apenas pelo rio Carinhanha. Na eleição de 2012, Juvenília contava com 5.516 eleitores e, com os dados de agora, ampliou em 436 eleitores em quatro anos. A grande quantidade de eleitores levou as lideranças municipais a pediram ao Tribunal Regional Eleitoral que seja feito novo recadastramento em Juvenília.
Os dados da Justiça Eleitoral mostram que na eleição de 2012, a eleição municipal tinha 5.516 eleitores inscritos, mas compareceram 4.587. Os novos dados mostram que até fevereiro/2016 era de 5.671 eleitores aptos, 263 cancelados e 18 suspensos, ou seja, o número de inscritos na Justiça Eleitoral é maior que o número de habitantes da cidade e aumentando a cada dia. As suspeitas é que esteja ocorrendo a transferência de eleitores das cidades de Feira da Mata e Malhada, na Bahia, além de outras cidades vizinhas, como Montalvânia, Manga, Jaíba e Montes Claros. As acusações dão conta de que em 2015 foram realizadas 500 transferências.
Um aspecto curioso é que os dados educacionais apontam que Juvenília tem 900 alunos com menos de 16 anos e muitas crianças ainda de colo, podendo chegar a 1.500 pessoas. Esse é a mesma quantidade de pessoas suspeitas de transferência ilegal. O Ministério Publico de Montalvânia foi acionado, assim como a Ouvidoria do TRE-MG. Na década de 90, vários municípios do Norte de Minas apresentaram o mesmo problema, com mais eleitores do que habitantes, como em Glaucilândia e Juramento. (GA)
fonte:gazetanortemineira
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