Ainda que existam mais de 30 pretendentes de vários
partidos sonhando com a candidatura a prefeito, em Belo Horizonte, não
há espaço para uma terceira via. Por mais que se esforcem por voo
próprio, a disputa deverá ficar bipolarizada em torno de dois grupos, um
liderado pelo PSDB, outro pelo PT. O prefeito Marcio Lacerda, e
presidente estadual do PSB, busca abrir espaços e consolidar uma
terceira força política na capital e no Estado, mas a sustentação dela
está no campo político do PSDB, especialmente do senador e seu
presidente nacional, Aécio Neves.
Isso não impede, no entanto, que o cabeça de chapa seja
do PSB ou de outro partido integrante do grupo liderado pelos tucanos,
assim como, do outro lado, do grupo liderado pelo PT, também o candidato
possa ser do PMDB. Nem mesmo que cada grupo tenha mais de um candidato e
que os partidos menores, fora desses campos, lancem seus projetos.
Em resumo, não importa o nome ou a filiação partidária
dos candidatos; o fato é que o duelo final terá duas lideranças e dois
grupos em disputa: o que é comandado pelo governador Fernando Pimentel
(PT) e pelo tucano mineiro. Cada um a seu modo, tem motivos para que
assim seja e para disputar, como todos os recursos possíveis, o controle
político da capital mineira. O pano de fundo, para ambos, são a
sucessão presidencial e a estadual de 2018.
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