Nem só com atropelos regimentais Eduardo Cunha consegue (quase sempre) fazer o que quer na Câmara.
Além de ter repetido hoje o que fez há três semanas com o financiamento privado – quando repautou o tema após ser derrotado – Cunha também lançou mão de um expediente mais eficiente para convencer os deputados a votar pela redução de maioridade penal.
Com o PR, por exemplo, a conversa foi direta. Ou todo o partido vota com Cunha, ou o PR não participará mais de sua empreitada com os recursos do fundo do Pró-Saúde, o plano de saúde dos servidores da Câmara.
Cunha quer fazer um seguro de vida para os deputados com dinheiro do fundo, que hoje acumula 360 milhões de reais. Cunha quer Fernando Giacobo, do PR, cuidando disso.
Perguntado há pouco sobre a negociação, disse o líder do PR, Maurício Quintella:
- O PR já votou praticamente fechado na maioridade. Cunha nunca tratou de Pró-Saude comigo. Nosso representante na mesa é o Giacobo. Ele pode falar sobre isso.
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