domingo, 18 de maio de 2014

PSDB FICA ASSUSTADO COM O DISCURSO DA DILMA

Assustado com a Dilma o senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, tenta se "vacinar" contra o discurso petista segundo o qual sua vitória seria um retrocesso, principalmente na área social e no aumento da renda dos trabalhadores. Para isso, utiliza projetos de lei apresentados e apoiados no Congresso Nacional.

O tucano vem criando, desde o ano passado, uma espécie de carta-compromisso com esses projetos. Primeiro, propôs que o Bolsa Família, principal bandeira eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também usada pela sucessora, Dilma Rousseff, se tornasse uma política de Estado. Ou seja, quer garantir em lei que o benefício não possa ser abandonado pelo governo da vez. Depois, estendeu a intenção de criar garantias legais para as políticas de aumento do salário mínimo do atual governo e de reajuste da tabela do imposto de renda. Há ainda iniciativas nas áreas da educação e da saúde.

Os compromissos legislativos assumidos por Aécio para neutralizar o discurso dos adversários - que o associam à elite - lembram a iniciativa de Lula em 2002 de colocar no papel garantias de que manteria contratos vigentes e não mexeria nos pilares macroeconômicos. Naquela eleição, vencida pelo petista, o temor era que houvesse retrocesso nos avanços do Plano Real do governo Fernando Henrique Cardoso. Por isso, Lula lançou sua "Carta ao Povo Brasileiro".

O discurso petista segundo o qual uma vitória tucana seria um retrocesso, que já vinha tomando forma nos últimos meses, ficou explícito com a propaganda partidária do partido que foi ao ar na semana passada na TV. Na peça assinada pelo marqueteiro de Dilma, João Santana, a legenda da presidente apelou à tentativa de incutir medo no eleitor, citando a ameaça da volta dos "fantasmas do passado". Isso num contexto em que FHC é um dos principais apoiadores da pré-candidatura de Aécio.

A propaganda petista também mirou o outro pré-candidato da oposição, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), dizendo que o eleitor também não poderia dar "um salto no escuro", já que o pernambucano é pouco conhecido.

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