Custos. Segundo Abic, o grão de café representa hoje 70% do preço final do produto no Brasil
O café vai ficar, pelo menos, 35% mais caro para o consumidor, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz. A alta é uma compensação para o aumento de 100% no valor da matéria-prima neste ano.
De acordo com ele, no início de janeiro, a saca de café de qualidade regular era comprada pela indústria por volta de R$ 210. Hoje, os preços estão próximos a R$ 400. “O preço do café no varejo mal está pagando o grão cru”, observa o diretor.
Com a saca em R$ 400, o custo do quilo do grão é de aproximadamente R$ 8 para a indústria. “O grão de café representa 70% do preço final do produto. E ainda tem os custos industriais, de mão de obra, de transporte e de embalagem”, explica.
Além do aumento do grão no país, o produto já está mais caro também na Bolsa de Nova York (EUA).
O gerente da divisão comercial da Cooperativa dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no Sul de Minas, Mário Panhotta, afirma que é inevitável a alta do preço do café nas gôndolas em razão das atuais condições do mercado. “Será um efeito natural. Afinal, a seca vai prejudicar a produção deste ano e deve influenciar a safra seguinte. Há um encarecimento da matéria-prima, que representa 70% dos custos”, observa.
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