O Globo – O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, disse nesta quinta-feira que as medidas do papa Francisco “ainda estão longe de ser a reforma do Banco do Vaticano”
. Em entrevista coletiva na Mitra Arquidiocesana, em São Paulo, dom
Odilo — um dos quatro afastados recentemente por Francisco da supervisão
do banco — declarou ter “estranhado a grande repercussão” que o caso tomou.
“Talvez haja uma falta de compreensão da opinião pública
sobre as atividades do banco (…), além de uma ideia que não é bem
verdade de que o banco seja cheio de escândalos ou que o Vaticano não
tenha controle sobre ele”, disse o arcebispo, que detalhou
as funções do Instituto para as obras da religião (IOR), nome oficial
do Banco do Vaticano, assim como as funções dos cardeais que, como ele,
eram responsáveis por sua supervisão.
De acordo com ele, os cardeais tinham funções limitadas dentro do
banco e não se envolviam em suas atividades financeiras ou de gestão.
Eram, segundo o arcebispo de São Paulo, chamados para aprovar estatutos,
ouvir ou dar orientações, aconselhar sobre escolhas de diretores ou
opinar sobre o destino do superávit, quando este era o caso, do banco.
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