Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e filho do vice-presidente
José Alencar, está sendo cortejado pela presidente Dilma Rousseff para
ser ministro do Desenvolvimento. É a esperança de Dilma para diminuir a
antipatia do empresariado com seu governo.
A pasta do Desenvolvimento não costuma atrair os políticos, porque tem
poucos recursos e cargos, mas é cobiçada pelos empresários que querem se
destacar entre seus pares. O assédio do governo envaidece, mas não tem
sido cômodo para o mineiro.
Ele não revela seus planos e é rápido para afirmar até aos mais próximos
que, por enquanto, tudo não passa de "especulações". Se no Planalto,
não há um plano B, para o empresário, trata-se de um jogo de xadrez
bastante complicado.
A vontade de Josué é sair candidato a senador por Minas Gerais, seguindo
os passos do pai. Foi para isso que se filiou ao PMDB. A dificuldade é
bater de frente com Antonio Anastasia, governador do Estado pelo PSDB,
que cobiça o mesmo posto e é bem avaliado pela população. Mas há quem
diga que Josué não tem medo da briga.
Outras possibilidades seriam tentar uma cadeira de deputado ou se
candidatar a vice na chapa de Fernando Pimentel, o atual ministro do
Desenvolvimento, candidato ao governo de Minas pelo PT e amigo de Dilma.
Segundo pessoas próximas, essas hipóteses não animam muito o filho de
Alencar.
Há ainda outro nó: encontrar alguém para substituí-lo na gigante
Coteminas. Ele diz aos mais próximos que tem ótimos quadros na empresa,
mas sempre foi bastante centralizador e está promovendo mudanças
profundas na companhia, que se aventurou no mercado americano e ainda
não colheu todos frutos.
Dilma já prometeu que Josué continuará ministro em um eventual segundo
mandato, que se torna cada vez mais provável a medida que a presidente
confirma seu favoritismo. Mas isso não elimina o ônus de assumir o posto
no último ano do governo e com pouco espaço para atuar.
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