O banqueiro dono do BTG Pacual, André Esteves, não esconde de
interlocutores próximos o sonho de arrematar o controle acionário de
algum dos grandes bancos estatais brasileiros – Caixa Econômica Federal
ou Banco do Brasil – caso um governo privatista resolva vendê-los. Não
por acaso, junto com seu sócio tucano Pérsio Arida, um dos ícones das
polêmicas privatizações no governo FHC, promoveu uma conferência em Nova
York sobre investimentos cujo palestrante principal foi Aécio Neves, o
pré-candidato tucano que tem defendido toda e qualquer privatização
realizada de 1995 a 2002, mesmo a polêmica venda da Vale a preço pífio,
subavaliada, e o sistema Telebrás, arrecadando menos do que o valor
investido nas teles ainda estatais, para saneá-las.
Aécio, em sua palestra, não chegou a prometer diretamente
privatizar a Caixa e o Banco do Brasil, mas não faltaram indiretas
quando criticou os governos Lula e Dilma por terem descontinuado pilares
da política econômica de FHC e por fazerem o que ele chamou de
“intervenção estatal”. Para bom entendedor, meia palavra basta. Afinal,
como os dois governos petistas preservaram a estabilidade da moeda no
controle da inflação, sobra a interrupção da privatização do controle
acionário de empresas estatais estratégicas.
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