segunda-feira, 11 de março de 2013

RENOVAÇÃO DE GOVERNADORES

Apesar do cenário ainda indefinido, as eleições para governador em 2014 podem trazer uma renovação nos Executivos estaduais. Considerando os governos dos 27 Estados brasileiros, em 13 deles não poderá haver uma disputa pela reeleição. Isso indica que quase 50% dos governos atuais passarão para as mãos de outro nome a partir de 2015.

Em 2010, a situação foi diferente. No total, 20 governadores buscaram um novo mandato, enquanto sete tentaram pela primeira vez assumir o comando dos Estados.

Nas disputas anteriores, o total de governadores que podiam tentar a reeleição também era superior. Em 2006, 17 governadores buscaram se manter por mais quatro anos no cargo. Já em 2002, a situação ficou equilibrada: 14 nomes tentaram a reeleição, e 13 estrearam nas urnas.

O partido que mais tem governadores em segundo mandato é o PMDB. Nos Estados de Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os nomes que os comandam não poderão pleitear mais quatro anos de governo.

Disputando a eleição com um novo representante, o risco de o partido perder espaços aumenta. Atualmente, a sigla detém o poder em cinco Estados.

Em segundo lugar, vem o PSDB, que, em Minas Gerais, Alagoas e Roraima, seus atuais chefes dos Executivos estaduais completam, em 2014, oito anos de governo, não podendo permanecer por mais um mandato.

Em 2010, PMDB e PSDB foram os dois partidos com mais chances de eleger governadores, quadro que acabou se consolidando ao fim da disputa.

O PT, por sua vez, que hoje administra cinco Estados, terá que arrumar substitutos em dois: Bahia e Sergipe. A mesma tarefa precisará ser assumida pelo PSB em Pernambuco, Piauí e Ceará.

Análise. Para o cientista político da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Paulo Roberto Figueira Leal com menos candidatos disputando a reeleição, "o jogo fica mais aberto". "Há mais chance de mudança de grupos políticos de poder do que quando está em disputa a reeleição, o que pode ser uma esperança de mudança", afirmou. "As chances dos dois candidatos ficam mais iguais. Pode ser uma briga mais justa", ressaltou o especialista.

O professor de Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Malco Camargos entende que a mudança de candidatos não representa uma renovação de propostas e projetos. "Como os partidos indicam sucessores com perfis semelhantes, as mudanças deixam de ser menos significativas", advertiu.

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