Além do título funcional – chefe do gabinete da Presidência da
República em São Paulo—, Rosemary Noronha, a Rose, costumava exibir uma
credencial oficiosa. Apresentava-se a interlocutores como “namorada do
Lula”. Algo que potencializava sua capacidade de traficar nomeações e
negócios no governo.
A revista ‘Época’ dedicou a capa de sua última edição à
super-servidora, pilhada pela Polícia Federal na investigação que
desbaratou a máfia que trocava propinas por pareceres técnicos de órgãos
públicos. Sob o título “Rose e a sedução do poder”, a notícia reúne
malfeitos conhecidos e detalhes inéditos.
No seu miolo, o texto reproduz relato de um alto executivo da
Companhia das Docas do Porto de Santos, a Codesp. Anota: “Rose evocava
sua relação com Lula para fazer indicações e interferir, segundo seus
interesses, nos negócios da empresa. Nessas ocasiões, diz o executivo,
Rose se apresentava como ‘namorada do Lula’. ‘Ela jogava com essa
informação, jogava com a fama’, diz ele”.
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