A reforma política sempre foi tratada como tema prioritário em campanhas eleitorais. Entretanto, pouco evoluiu desde que o país se atentou para a necessidade de mudanças no sistema político-eleitoral. Hoje, como há 20 anos, tanto partidos quanto parlamentares, governadores e até mesmo prefeitos se dizem favoráveis à reforma. As mudanças são defendidas com discursos inflamados, mas, ainda assim, o projeto não sai do papel.
Historicamente, o que se percebe no país é que os partidos ou lideranças que reúnem as condições políticas para tocar a reforma não o fazem porque tal situação foi costurada exatamente por meio das regras vigentes. Aí, a conveniência se sobrepõe às questões de interesse público. Já os partidos que realmente se propõem a fazer as reformas não reúnem iguais condições - como o número de parlamentares para tocar o debate.
Em linhas gerais, as deformidades da legislação política são o centro de promessas de campanha e, passadas as votações, os políticos já beneficiados pelo sistema em vigor deixam o tema de lado e se abrigam na comodidade dos cargos até que se inicie a próxima disputa eleitoral.
Tais experiências mostram claramente que a reforma só será possível se houver um mínimo de consenso. Isso significa que partidos rivais precisarão, inevitavelmente, traçar projetos comuns. Está mais do que provado que essas alterações jamais serão aprovadas em bloco. E é aí que reside a principal insegurança em torno da chamada "mãe de todas as reformas".
Não há dúvidas de que a representatividade política, atualmente, no Brasil, passa por sérios conflitos. Somente uma mudança de mentalidade dos representantes poderá fazer com que os avanços, tão essenciais, saiam do papel. (Anderson Alves)
Historicamente, o que se percebe no país é que os partidos ou lideranças que reúnem as condições políticas para tocar a reforma não o fazem porque tal situação foi costurada exatamente por meio das regras vigentes. Aí, a conveniência se sobrepõe às questões de interesse público. Já os partidos que realmente se propõem a fazer as reformas não reúnem iguais condições - como o número de parlamentares para tocar o debate.
Em linhas gerais, as deformidades da legislação política são o centro de promessas de campanha e, passadas as votações, os políticos já beneficiados pelo sistema em vigor deixam o tema de lado e se abrigam na comodidade dos cargos até que se inicie a próxima disputa eleitoral.
Tais experiências mostram claramente que a reforma só será possível se houver um mínimo de consenso. Isso significa que partidos rivais precisarão, inevitavelmente, traçar projetos comuns. Está mais do que provado que essas alterações jamais serão aprovadas em bloco. E é aí que reside a principal insegurança em torno da chamada "mãe de todas as reformas".
Não há dúvidas de que a representatividade política, atualmente, no Brasil, passa por sérios conflitos. Somente uma mudança de mentalidade dos representantes poderá fazer com que os avanços, tão essenciais, saiam do papel. (Anderson Alves)
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