Ricardo Noblat
Por ora, fora a repercussão política do fato, nada deverá acontecer no rastro da notícia de que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão dos senadores Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, do ex-presidente e ex-senador José Sarney (AP), e do deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara com mandato suspenso.
Hoje, não tem sessão do STF, embora tenha da Turma do STF encarregada da Lava-Jato. Ela poderia autorizar as prisões. O ministro Teori Zavaski, relator da Lava-Jato, poderia fazê-lo monocraticamente. Mas nem Teori tem pressa, tampouco o STF. Ali, há certa irritação com o vazamento da notícia, atribuído a gente da Procuradoria-Geral da República. Teori guardava o pedido de prisão há uma semana. Desde então a República dorme mal.
Ninguém sabe o tamanho dos estragos que causaria na imagem e na sorte do vulnerável governo Temer, do PMDB, a prisão dos presidentes do Senado e da Câmara, ambos do PMDB, do presidente de honra do PMDB (Sarney) e do presidente em exercício do PMDB (Jucá). Ninguém sabe, mas todo mundo faz uma ideia. O tamanho dos estragos seria catastrófico. Ainda mais no momento em que está em curso a fase final do processo de impeachment de Dilma.
Vá convencer os que resistem à instalação definitiva do governo Temer, e aos que o olham com muita desconfiança, que o PMDB no poder será melhor do que o PT e seus aliados. Se não melhor, menos corrupto. A prisão de Cunha até que resolveria o problema de uma Câmara sem comando. A de Renan entregaria o comando do Senado ao PT do primeiro vice-presidente Jorge Viana (AC), e logo em meio ao impeachment. A de Jucá privaria o PMDB de comando.
Por ora, o anúncio d
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