O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou a abertura do segundo inquérito contra o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sob acusação de ter atuado para fraudar dados do Banco Rural com o objetivo de esconder o mensalão mineiro.
Além de Aécio, também se tornam alvos do inquérito o seu vice governador da época, Clésio Andrade (PMDB-MG), atualmente réu no mensalão tucano, e o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), à época secretário geral do PSDB.
Alvo do pedido de inquérito, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) foi excluído da investigação por Gilmar Mendes, por entender que não havia elementos suficientes contra ele.
O inquérito tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), à época presidente da CPI dos Correios, que investigou o mensalão.
Delcídio disse que foram requisitados dados do Banco Rural e que Aécio atrasou o envio dos dados à CPI para apagar informações comprometedoras do período tucano.
"A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valerio e companhia", afirmou Delcídio.
É o segundo inquérito aberto contra Aécio Neves em decorrência da Operação Lava Jato, mas os fatos foram redistribuídos para o ministro Gilmar Mendes porque o relator da Lava Jato, Teori Zavascki, entendeu que não havia conexão com a Petrobras.
Em outra investigação contra Aécio, as suspeitas são do recebimento de propina de Furnas, também com base na delação de Delcídio.
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