O empreiteiro Léo Pinheiro recebia pedidos de doações eleitorais de políticos da oposição, como o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA); é o que indica parte de suas mais de 80 mil mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato; Agripino Maia, que já é réu no STF, aborda o empreiteiro "para transmitir os dados do DEM nacional"; Rodrigo Maia pergunta: "A doação de 250 vai entrar?"; Jutahy se chama de "amigo" do então presidente da OAS e agradece por doações feitas pela empresa à sua campanha.
247 – Críticos do PT e defensores do afastamento da presidente Dilma Rousseff do poder, os parlamentares de oposição ao governo Agripino Maia (RN), senador e presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) são alguns dos que trocaram mensagens de celular com o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, pedindo favores e doações eleitorais.
A Polícia Federal analisa 80 mil mensagens de celular do empresário e, em apenas uma pequena parte dela (1%), identificou os pedidos dos oposicionistas, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. É possível, portanto, de acordo com os investigadores, que haja mais nomes da oposição citados em relatórios de análise das mensagens de Pinheiro.
O presidente do DEM, Agripino Maia, alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por ter recebido propina da OAS na construção da Arena das Dunas, estádio da Copa do Mundo, aborda o empreiteiro da seguinte forma em uma das mensagens, de julho de 2012: "Com quem o Romero, tesoureiro do partido, deve se contactar para transmitir os dados do DEM nacional? Grato por tudo".
Já Rodrigo Maia questiona o empresário em 17 de setembro de 2014: "A doação de 250 vai entrar?". No dia 26 do mesmo mês, ele reforça: "Se tiver ainda algum limite pra doação, não esquece da campanha aqui". Em outra mensagem, ele fala sobre uma MP sobre desenvolvimento de aviação regional e avisa a data limite para emendas. Léo Pinheiro responde: "Vamos preparar emendas".
Em 2014, o diretório nacional do partido declarou À Justiça Eleitoral ter recebido R$ 2,3 milhões em doações da OAS, em seis depósitos realizados no mês de agosto daquele ano. Em 2012, houve dois depósitos no valor total de R$ 500 mil declarados pelo partido à Justiça Eleitoral.
O tucano Jutahy Júnior assina como "amigo" nas mensagens enviadas a Léo Pinheiro em 2014. "Caso seja possível gostaria da sua ajuda para Varjão [funcionário da OAS] completasse o combinado. Desde já agradeço a grande ajuda que vcs deram para minha campanha. Do amigo Jutahy", escreveu ele em setembro.
Em novembro, ele enviou: "Entreguei hoje minha prestação de contas da minha campanha sem débitos. Mais uma vez obrigado pela grande ajuda de vcs. Abrç amigo do Jutahy". O deputado declarou uma doação de R$ 30 mil da empreiteira à Justiça Eleitora
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