As fortes chuvas registradas nos últimos dias deram uma trégua aos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração elétrica do país, e afastaram, por hora, o fantasma do racionamento. Somente de 1º a 18 de janeiro, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS), o nível médio dos reservatórios saltou de 29,9% para 37,47%. O índice é mais de duas vezes superior ao registrado no mesmo mês de 2015, quando fechou em 16,84%.
Apesar da melhoria no cenário, uma redução na conta em decorrência de mudança na bandeira tarifária de vermelho para verde é descartada por especialistas do setor para o curto prazo. A previsão do ONS é a de que ao final de janeiro os reservatórios cheguem a 42%, se as chuvas permanecerem nesse ritmo, Mas o ideal para baratear a conta de luz são 70%.
Nos primeiros 18 dias de janeiro foram registrados 360 milímetros de chuva no Triângulo mineiro, polo de hidrelétricas, segundo o meteorologista do TempoClima PUC-Minas Claudemir Félix. O volume é superior à média do mês. Félix explica, no entanto, que as fortes chuvas em janeiro são comuns. Ou, pelo menos, deveriam ser.
“Não podemos dizer que 2016 tem surpreendido. Na verdade, as chuvas de 2015 decepcionaram. O período chuvoso é crucial para a recuperação dos reservatórios, como vemos agora”, afirma o especialista.
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