Marcos Jorge de Lima, 36 anos, é casado com a dentista Ana Rafaela Hermogens, pai de três filhos. Natural do Rio de Janeiro é formado em Administração e mestrando em Tecnologia da Informação (TI). Sua carreira política no PRB teve início em 2007, quando foi convidado pela presidência nacional para estruturar a legenda em Roraima. Nas últimas eleições, fez história ao conseguir eleger três deputados estaduais (Mecias de Jesus, Gabriel Picanço e Izaias Maia) e um federal (Jhonatan de Jesus). Em todo o estado, a legenda contabilizou mais de 56 mil votos.
Em um bate-papo com a Agência PRB Nacional, Marcos Jorge falou sobre os desafios da política em Roraima, dos projetos e estratégias do PRB para o pleito eleitoral de 2016, bem como da sua experiência à frente da Superintendência da Pesca e Aquicultura. O republicano também faz um balanço de sua gestão como secretário de Estado de Cultura de Roraima, cargo que ocupa desde janeiro deste ano.
ENTREVISTA
Agência PRB Nacional – O senhor foi um dos fundadores do PRB no Estado de Roraima. Qual o balanço que faz desses oito anos de gestão?
Marcos Jorge - Tive essa grata oportunidade de ser um dos abonadores do partido em Roraima. Assumi o comando doPRB em maio de 2007 e atualmente sou o presidente estadual mais longínquo. Não é uma missão fácil, porque a cada eleição, conseguir superar metas da anterior, é algo que depende de muito esforço e uma ação conjunta de todos os pares do partido. Se não fosse o sentimento de grupo e de união, não teríamos tido a oportunidade, por exemplo, de ter sido o partido mais votado no pleito eleitoral de 2014. Das 24 vagas na Assembleia Legislativa de Roraima, conquistamos três, com a eleição dos deputados Mecias de Jesus, Gabriel Picanço e Izaías Maia. Além disso, conseguimos manter a cadeira de deputado federal com a reeleição de Jhonatan de Jesus, segundo deputado federal mais bem votado no estado (na eleição anterior havia sido terceiro). Provamos que mesmo sem coligação, mas com bons quadros, temos a possibilidade consistente de conquistar cargos eletivos. Isso nos dá a responsabilidade de buscar, nos próximos pleitos, resultados muito melhores, bem como alavancar as metas, não apenas quantitativas, mas qualitativas.
Agência PRB Nacional – O senhor foi superintendente da Pesca e Aquicultura em Roraima. Como foi a experiência?
Marcos Jorge - Foi uma experiência muito boa. Conseguimos tornar a Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura de Roraima modelo para as demais. Em parceria com o deputado federal Jhonatan de Jesus, conseguimos liberar um projeto para mais de 340 famílias, contemplando a criação de peixes, escavação de tanques, alevinos, ração, capacitação e acompanhamento técnico para os produtores. Hoje, o segundo maior setor produtivo de Roraima é a piscicultura. Dados do IBGE de 2014 revelam que saltamos de 12 mil toneladas para mais de 16,1 mil toneladas de peixes produzidos em tanques escavados em águas continentais, ou seja, um aumento de 30% em aproximadamente um ano. Esse resultado também está atrelado a outras políticas públicas que foram articuladas e implementadas para os profissionais da pesca. Além disso, fizemos uma intensa fiscalização, reduzindo de 11 mil para 6,2 mil os pescadores artesanais inscritos, extirpando aqueles que não exerciam a profissão e qualificando aqueles que realmente necessitavam, assistindo a eles os direitos e benefícios sociais, inclusive, o seguro defeso. Implantamos telecentros em todo o estado, desde a comunidade ribeirinha mais distante, que é Xixuau, até o município de Normandia, no norte do estado. Implementamos também fábricas de gelo, instituímos vários convênios e reativamos o caminhão ‘Feira do Peixe’. Fui, ainda, coordenador do Fórum de Gestores Federais da Presidência da República em Roraima, que é um fórum que reúne todas as superintendências, e creio que isso também foi um voto de confiança dos demais superintendentes de outros ministérios.
Agência PRB Nacional – Em janeiro deste ano, o senhor assumiu a titularidade da Secretaria Estadual de Cultura de Roraima. Como avalia a gestão até o momento? Quais os projetos e principais desafios?
Marcos Jorge – Queremos recuperar a cultura em Roraima. Das estruturas e aparelhos culturais, já conseguimos reformar a galeria de arte, o anfiteatro e estamos concluindo a do Palácio da Cultura, onde está localizada a sede da secretaria. Também conseguimos recuperar a praça do coreto, que também foi totalmente revitalizada. O auditório que recebemos interditado, já está com 80% das suas obras concluídas. Conseguimos resgatar o Arraial de Roraima, que não estava sendo executado há alguns anos e é a festa popular mais tradicional do nosso estado. Ela foi realizada no Parque Anauá e durante dez dias (24 de junho a 03 de julho), realizamos um concurso de quadrilhas, com o repasse de um convênio para 24 grupos juninos, 15 grupos folclóricos. Foram mais de 80 atrações locais, sem o peso de levar artistas de outros estados por um valor exorbitante, uma vez que o Estado de Roraima também passa por um momento delicado na economia. Estamos encarando todas as dificuldades e não estamos ficando de braços cruzados, pois é nosso dever procurar medidas alternativas.
Estou articulando em Brasília, no Fórum de Gestores Culturais, que compreende secretários e gestores da cultura de todos os estados, onde exerço a vice-presidência, recursos para recuperar a Casa da Cultura, que foi a primeira residência oficial do governador. O projeto já está em andamento em parceria como Iphan. Após isso, nossa prioridade será o Teatro Carlos Gomes e a Escola de Música.
Conseguimos, ainda, resgatar um convênio com o Governo Federal que estava parado desde 2007. Já fizemos o repasse de parcelas para nove, dos dez pontos de cultura, totalizando R$ 549 mil para diversos municípios. Agora, vamos ter a oportunidade de dar esse apoio necessário para aqueles que fazem a cultura no dia a dia. Além disso, lançamos o edital da Lei de Incentivo à Cultura, fomentando recurso na ordem de R$ 1,9 milhão já para esse exercício de 2015, com propostas de contrapartida de empresários locais, sendo que 80% do valor está sendo fomentado pelo próprio governo estadual, por meio de renúncia fiscal.
Com todas essa ações, estamos conseguindo aquecer a cultura em nível local, sem ficar de braços cruzados frente às dificuldades. Normatizamos, ainda, tudo aquilo que estava pendente, a exemplo do Fundo Estadual de Cultura, que já passou pelo mérito jurídico da Procuradoria-Geral do Estado e está sob a análise do gabinete civil. Vamos pedir o apoio dos nossos correligionários no Congresso Nacional para a aprovação da PEC 421, para que todos os estados brasileiros também possam receber recursos.
Agência PRB Nacional – Como presidente do PRB Roraima, qual o balanço que o senhor faz das últimas eleições?
Marcos Jorge - Foram mais de 56 mil votos, o que nos deu o primeiro lugar em votos proporcionais no pleito de 2014 no Estado de Roraima. Conseguimos eleger um deputado federal (Jhonatan de Jesus), sendo que das oito vagas que o estado tem direito, nenhum partido político tem mais que uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília, mesmo as legendas mais tradicionais. Conquistamos também três cadeiras na assembleia legislativa, com a eleição dos deputados Mecias de Jesus, Gabriel Picanço e Izaias Maia, o que representa, ao lado do PMDB, a maior bancada. OPRB é um partido grande em Roraima. Agora, a meta é fortalecer a legenda não só apenas em escala estadual, mas também em nível municipal. Nas eleições municipais de 2012, lançamos o deputado Mecias de Jesus à prefeitura de Boa Vista, onde obtivemos a segunda colocação, com quase 40% dos votos. Infelizmente, não tivemos o segundo tuno e estamos na expectativa de que no pleito eleitoral de 2016, tenhamos o quantitativo de eleitores acima de 200 mil.
Agência PRB Nacional – Quais as metas do PRB para as eleições municipais do próximo ano? Já existem nomes pré-definidos?
Marcos Jorge - Ainda não temos nomes definidos à disputa eleitoral. Esses fechamentos ainda estão em andamento. Em Roraima, são apenas 15 municípios e as decisões políticas quanto à composição municipal sempre ficam para o ano seguinte. É uma engenharia um pouco mais complicada em relação aos outros estados, onde se tem definições antecipadas.
Agência PRB Nacional – Para finalizarmos, quem é Marcos Jorge?
Marcos Jorge - Sou administrador e mestrando em Tecnologia da Informação. Sou casado com Ana Rafaela Hermogens e pais de três filhos (dois meninos e uma menina que está para nascer). Sou um idealista, acima de tudo, e uma pessoa que não se contenta com o pouco e que sempre procura fazer o melhor.
Fonte e foto: Agência PRB Nacional de Notícias
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