Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que terminou seu segundo mandato com desemprego recorde e impopularidade nas alturas, agora tripudia sobre o sucessor Luiz Inácio Lula da Silva, que viveu realidade oposta, ao deixar o Palácio do Planalto como o mais popular presidente da história do País; em entrevista ao jornal argentino La Nación, publicada neste domingo, FHC 'lamentou' que Lula tenha sido "absorvido pela política brasileira tradicional"; o tucano disse que "é muito penoso ver no que se converteu Lula"; "Era um líder sindical autêntico, não necessariamente de esquerda, que tinha um compromisso real com os trabalhadores. Mas se foi deixando absorver pela política brasileira tradicional, clientelista, corporativista e ideológica"; FHC ainda responsabiliza Lula pela crise política.
Em entrevista ao jornal argentino La
Nación, publicada neste domingo (1º), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
'lamentou' que seu sucessor, Lula, tenha sido "absorvido pela política
brasileira tradicional, clientelista, corporativista e ideológica". O
tucano disse que "é muito penoso ver no que se converteu Lula".
"Era um líder sindical
autêntico, não necessariamente de esquerda, que tinha um compromisso real com
os trabalhadores. Mas se foi deixando absorver pela política brasileira
tradicional, clientelista, corporativista e ideológica".
O ex-presidente do PSDB reconhece que
nos oito anos de governo Lula "houve progressos sociais", mas pondera
que o legado do ex-presidente "está sendo comprometido por acusações
inaceitáveis". "Não sei se é culpado ou não de todas as acusações
contra ele, seu filho e pessoas próximas".
"Quando, em 2005, ocorreu o
escândalo do mensalão, eu me opus ao seu impeachment porque não me parecia bom
para o país que seu primeiro presidente operário terminasse perdendo o poder. Mas
hoje me parece também muito ruim para o país que Lula tenha perdido tanta
credibilidade".
FHC afirma categoricamente que Lula é
o responsável pela crise política pela qual passa o Brasil, mas avalia que o
líder do PT tem "habilidade política para virar a maré" a seu favor.
E no aspecto de articulação
político-partidária, Fernando Henrique diz que "Dilma é mais rígida e essa
crise está condenando seu governo".
O voltou a defender que a presidente
renuncie ao cargo e disse que estaria disposto a ajudá-la a encontrar uma saída
da crise, se fosse convidado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.