O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso insinuou recentemente em entrevista que a presidenta Dilma Rousseff “vendeu a alma ao diabo” e terá que “fazer pacto com o demônio o tempo todo” para poder governar. Em ambas as metáforas, FHC refere-se ao PMDB.
É oportuno lembrar ao entrevistado, e também aos leitores que tenham tomado conhecimento da declaração de FHC, que o PMDB foi seu aliado nos dois governos tucanos sem que o então presidente jamais demonizasse as alianças construídas. Renan Calheiros foi seu ministro da Justiça. Eliseu Padilha esteve à frente da pasta dos Transportes. Geddel Vieira Lima foi seu líder na Câmara dos Deputados.
Sobretudo, é oportuno lembrar que o PMDB não é apenas um aliado da presidenta Dilma, mas a legenda do vice-presidente Michel Temer. Em outras palavras, o PMDB não está no governo; ele é governo.
Mesmo que a aliança com o PMDB não tivesse sido sacramentada nas urnas, é o próprio FHC quem reconhece, a necessidade das alianças. “Temos um sistema partidário e eleitoral que tornou inviável construir maiorias sólidas no Congresso”, diz ele.
WILL NUNES:
Veja como é difícil entender a política no Brasil. Todo mundo sabe que qualquer presidente que queira governar o país hoje, precisa do PMDB. O partido apesar de não ter uma grande liderança nacional tem vários caciques que comandam a legenda nas suas regiões. É um partido forte desde da sua fundação, principalmente diante da sua imagem em defesa da democracia na época da ditadura.
Hoje sem as grandes lideranças do passado, é um partido que vive suas desavenças internas mas ninguém pode negar sua força e influência nos temas de interesse da Nação. O discurso de FHC e da oposição perdem sentido quando só conseguem criticar e tentar tirar Dilma do poder. Não existem propostas concretas nem ideias de um grande projeto nacional para o país. É uma ladainha sem conteúdo de uma nota só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.