Mona Dorf, que faz “tabelinha” com Reinaldo Azevedo nas furiosas transmissões da Jovem Pan, foi apontada, sábado, como uma das jornalistas que detinha contas no HSBC suíço.
Mesmo dispondo de um site, do Facebook (que tirou “do ar”) e doTwitter, onde passou o dia a vibrar com manifestações anti-Dilma, Mona não deu uma palavra sobre o assunto senão pelo blog do colega, na Veja.
E ontem, mais de um dia depois da reportagem de O Globo, certamente por precisar de tempo para redigir uma nota tão “longa e esclarecedora”.
Diz a tal nota: “Diante das notícias veiculadas na imprensa, neste final de semana, envolvendo meu nome, manifesto a minha surpresa e indignação.Desconheço as razões pelas quais o meu nome foi relacionado e esclareço que não tenho conta no HSBC na Suíça ou em qualquer outro país do mundo.Já tomei as providências necessárias para elucidar os fatos e eliminar todos e quaisquer equívocos.”
E em seguida, Reinaldo Azevedo, conclui: “Mona Dorf não tem conta na Suíça”!
E ponto, fica assim. Disse que não tem, não tem, embora os documentos vazados do HSBC digam que tem. E que tipo de providências D. Mona tomou, não seria notícia a reação, se foi notícia a acusação?
Mona Dorf tem o direito à presunção de inocência, como qualquer pessoa. Mas, para o seu colega, ela tem, enquanto quem for do governo, a favor dele ou simplesmente de esquerda, não tem. Por muito menos, é grosseiramente enxovalhado em sua coluna.
Mas se o Tio Rei é, assim, desequilibrado em seus critérios, bobo não é. Deixa uma “segunda engatada” para o caso de não ter sido um acidente do destino o aparecimento da conta:
(…)não é proibido ter conta na Suíça desde que a origem do dinheiro seja lícita e que a Receita saiba disso. Se a origem for lícita e se a Receita não souber, paga-se uma multa. Se a origem for ILÍCITA, mas a Receita souber, aí a acusação é de lavagem de dinheiro. Sem multa. Se for ilícita e a Receita não souber, a conclusão é óbvia.
Atenção! Tivesse Mona conta na Suíça, com dinheiro de origem lícita, o assunto só diria respeito a ela própria e ao Fisco. Ainda que tivesse, Mona não lida com dinheiro público, não é fornecedora de matéria-prima para o governo ou algum de seus entes, não presta serviço para o estado, não financia políticos.
Pô, Reinaldo, quer dizer que “não interessa”? O “porforamente” só é imoral quando é público. Corrupção, só privatizada?
No fim da nota, sentindo o “clima”, ele alivia:
“Só que a conta, assegura a nota, não existe. “
Então tá…Até aquele “la garantía sou yo” tem mais firmeza…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.