O PMDB de Minas está decidido a deixar o papel de
coadjuvante e assumir o protagonismo na eleição municipal de 2016. A reboque do
que acontece em nível nacional – onde a sigla ensaia o grito de
independência diante do principal aliado, o PT – os peemedebistas mineiros
querem deixar para trás a pecha de eternos vices.
Para emplacar a empreitada, pretende convocar figurões da
velha guarda para ajudar a dobrar o número de prefeituras sob seu comando. A
meta é saltar das atuais 121 para 300, num universo de 853 municípios.
Para emplacar a empreitada, pretende convocar
figurões da velha guarda para ajudar a dobrar o número de prefeituras sob seu
comando. A meta é saltar das atuais 121 para 300, num universo de 853
municípios.
Liderado pela bancada estadual, o movimento recém-lançado
promete esquentar a briga por poder com os petistas. A ideia é lançar candidato
próprio em Belo Horizonte, onde o PT também planeja retomar o comando. Os
planos dos peemedebistas se estendem ainda às cidades com mais de 50 mil
habitantes.
Para o deputado estadual Iran Barbosa, que integra
o movimento, o plano é ter um nome próprio, inclusive em todas as cidades da
região metropolitana.
O discurso hoje é de “unificar a legenda” e chegar
em 2016 sem rachas. Os adeptos do movimento garantem que as brigas do
passado, principalmente as envolvendo o deputado federal e ex-presidente do
diretório estadual Saraiva Felipe foram superadas – no ano passado,
Saraiva Felipe chegou a iniciar conversas com o PSDB para compor uma chapa para
disputar o Estado. O movimento provocou um racha na legenda, já que outra ala
da sigla defendia a aliança com o PT, que se concretizou com Antônio Andrade
eleito vice-governador ao lado de Fernando Pimentel (PT).
Para aumentar a capilaridade em Minas, caciques do
partido que hoje não ocupam mais cargos eletivos, mas que dispõem de alto
capital eleitoral, estão sendo convocados. Na última semana, a bancada se
encontrou com o ex-ministro Hélio Costa. Dias antes, foi a vez de Newton
Cardoso ser procurado. Depois de 42 anos na política, Newtão, como é conhecido,
deixou a vida pública no ano passado e elegeu o filho Newton Júnior na Câmara
Federal. Hoje, ele se dedica aos negócios da família.
Hélio Costa, depois da derrota para Antonio
Anastasia, na eleição estadual de 2010, não disputou mais cargo eletivo.
Atualmente, é membro do Conselho de Administração da petroleira HRT. “São
pessoas importantes, que conhecem muito o Estado e diversos prefeitos. A
intenção é reunir o PMDB que ganhou a eleição de 2014 com aquele que já havia
perdido outras disputas. Vamos juntos”, diz Iran Barbosa.
O colega de bancada na Assembleia Cabo Júlio destaca que Newtão e Costa “têm musculatura política”. “Eles conhecem muito de política. Queremos que participem da discussão, dos encontros e se envolvam”, diz.
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