O Brasil chega a um dos dias mais importantes de
sua história em relativa paz; negociação entre governo e movimentos
sociais conteve protestos, como do MTST, que poderiam acontecer nesta
quinta-feira, quando Brasil e Croácia darão o pontapé inicial para a
Copa do Mundo de 2014; em São Paulo, metroviários rejeitaram, na noite
de ontem, a continuidade de uma greve abusiva, que poderia colocar em
risco o deslocamento dos torcedores até o Itaquerão; num país em que
agentes político-midiáticos como Veja torciam contra e previam que os
estádios ficariam prontos só em 2038, já é uma vitória; "Os pessimistas
diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios
estão aí, prontos", lembrou a presidente Dilma Rousseff, em seu
pronunciamento em rede nacional, na última terça
12 de Junho de 2014 às 06:18
247 - O Brasil
amanheceu, nesta quinta-feira, 12 de junho de 2014, um dos dias mais
importantes de sua história, numa situação bem distinta da que muitos
imaginavam. Na noite de ontem, a greve que mais preocupava os
organizadores da Copa, a dos metroviários, em São Paulo, foi rejeitada
por ampla maioria. Assim, os torcedores poderão utilizar o meio de
transporte mais recomendado para chegar à Arena Corinthians, palco do
pontapé inicial entre Brasil e Croácia, nesta tarde.
Dias antes, uma negociação conduzida
pelo Palácio do Planalto com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto
obteve êxito e impediu que novos protestos fossem marcados para o dia de
hoje – uma vitória, quando se leva em conta que, na semana passada, o
MTST levou 12 mil pessoas ao Itaquerão. "Nossas reivindicações foram
atendidas", disse Guilherme Boulos, líder do MTST. Entre essas
reivindicações, ele cita a inclusão de mais sem-teto no Minha Casa,
Minha Vida e a destinação de um terreno próximo ao Itaquerão para a
habitação popular.
Foram dias tensos e difíceis, os que
antecederam este 12 de junho, quando muita coisa parecia que poderia
dar errado, mas os obstáculos maiores foram superados. Por isso mesmo,
foi em tom de desabafo que a presidente Dilma Rousseff foi à televisão,
na noite da última terça-feira, para pedir a união do povo brasileiro,
em torno da festa que se inicia hoje. "Os pessimistas diziam que não
teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios estão aí,
prontos", afirmou. "Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos
aeroportos. Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos.
Eles estão prontos para atender quem vier nos visitar; prontos para dar
conforto a milhões de brasileiros. Chegaram a dizer que iria haver
racionamento de energia. Quero garantir a vocês: não haverá falta de luz
na Copa, nem depois dela."
Para agentes político-midiáticos que
apostaram no fracasso, como a revista Veja, que, em maio do ano
passado, previu que os estádios só ficariam prontos só em 2038, há um
risco. Como as expectativas em torno do Mundial foram excessivamente
rebaixadas, um torneio que transcorra dentro de padrões mínimos de
normalidade já será percebido como um grande sucesso. E depois dele virá
a Copa que realmente importa, que são as eleições de outubro. A sorte
está lançada
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