Em resposta ao PSDB, pré-candidato pelo PT a
governador critica a arrogância dos adversários e lembra que os mineiros
é quem decidirão as eleições; "Minas não tem dono, não tem imperador.
Nós somos um Estado libertário, é a nossa tradição", afirma; percorrendo
o estado para ouvir a população, ex-ministro promete melhor programa de
governo que Minas já viu; e parte para o ataque: "inépcia
administrativa" da gestão tucana atrasa obras do metrô e do Anel
Rodoviário
Minas 247 – Em entrevista ao jornal O Tempo
desta segunda-feira, o pré-candidato do PT ao governo de Minas, Fernando
Pimentel, criticou a "arrogância" dos adversários – que já falam em
vitória sem consultar a população – e lembrou aos tucanos que "o voto,
em Minas, é dos mineiros". "Minas não tem dono, não tem imperador. Nós
somos um Estado libertário, é a nossa tradição. Essa história de dizer
que 'o projeto de Minas é o meu projeto', de tratar 'os votos de Minas'
como se fossem 'nossos', eu acho isso arrogante", condenou.
A declaração foi dada em resposta a Pimenta da Veiga, possível
candidato do PSDB ao governo estadual. Pimenta disse ao jornal que terá 4
milhões de votos a mais em outubro. "Não tenho essa pretensão. Tenho
uma certa cautela com essa coisa. Os mineiros vão votar, vão escolher o
melhor candidato para Minas e o melhor candidato para o Brasil. Eu
sempre vou respeitar a decisão deles. E seria bom que o lado de lá
pensasse nisso", completou Pimentel.
O ex-ministro tratou de marcar posição citando a Caravana da
Participação, que está percorrendo o estado reunindo contribuições da
população para o programa de governo do PT. "O que elas querem, as
demandas, as reivindicações, os sonhos, as esperanças [...]. Aí, nós
vamos ter condições de apresentar para Minas um belo programa de
governo. Eu diria até que será o melhor programa de governo que Minas já
viu, porque ele não será o nosso programa de governo, e sim o programa
de governo dos mineiros e das mineiras", assegurou.
O pré-candidato do PT culpou o governo estadual pelo atraso em obras
importantes para Minas como o metrô de Belo Horizonte e o Anel
Rodoviário. Segundo ele, há "falta de interesse e capacidade
administrativa" do estado para apresentar os projetos de executivos das
duas obras. Sobre o metrô, os recursos, conforme Pimentel, são federais e
estão disponíveis, mas até hoje a Metrominas, que é controlada pelo
governo estadual e é responsável pelas obras, não apresentou o projeto.
Caso semelhante acontece com o Anel Rodoviário de Belo Horizonte,
cuja última grande intervenção foi feita há dez anos quando Pimentel era
prefeito da cidade. No início do governo Dilma, o governo federal
repassou para o estado as obras do Anel, com os recursos equivalentes,
mas até hoje elas não saíram do papel. "Isso já tem três anos e até hoje
não foi feito. Por quê? Porque não tem projeto. O governo não fez
projeto. [...] Então há, claramente, uma inépcia administrativa no
tocante dessas obras", apontou.
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