quarta-feira, 2 de abril de 2014

PARACATU: SURTO DE DENGUE

Dengue já é considerada surto na cidade; mais de 1 mi casos confirmados.
Nos três meses de 2014 índice de infestação teve aumento de 1.737 %.
 
No último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) divulgado pelo Ministério da Saúde, o município de Paracatu, na região Noroeste do estado, chegou a 10,6% - o maior dentre as cidades que realizaram o levantamento em Minas Gerais. Para o Ministério, o dado acima de 3,9% já é considerado de alto risco. Em janeiro de 2013, o Liraa de Paracatu era 7,4%.
Na cidade, a dengue já é considerada um surto. O número de casos confirmados nos primeiros três meses de 2014 aumentou 1.737% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o coordenador municipal de Endemias, Cleiton Jorge dos Santos. Além disso, uma pessoa já morreu este ano por causa da doença.

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, dos mais de dois mil casos suspeitos de dengue notificados de janeiro até agora, 1.084 deram positivo para a doença. Ainda conforme a secretaria, o número de pessoas que foram contaminadas pela picada do mosquito transmissor pode ser ainda maior. “Nós do município reconhecemos que há mais casos de dengue e que o Ministério da Saúde já orienta que para cada caso registrado pode-se considerar mais dez outros, que são referentes à subnotificações”, explicou.

Cleiton Jorge também comentou que nos três primeiros meses de 2013 foram confirmados apenas 59 casos e que o maior problema não são os lotes vagos, pois os focos do mosquito estão nas casas. “Precisamos muito do apoio da população tendo em vista a questão desses focos. As estatísticas nos apontam que 92% desses focos são domiciliares”, disse.

Para enfrentar a situação, os agentes passam de casa em casa vistoriando e orientado os moradores. Um carro de som também ajuda, alertando sobre a aplicação de inseticida. O carro com o ‘fumacê’ passa de três em três dias nos bairros com os maiores índices de infestação do Aedes aegypti.

Danilo Ulhoa, bioquímico, disse que com essas ações a procura por exames para saber da doença baixou. “Diminuiu bastante com relação a janeiro deste ano e dezembro do ano passado. Mas os números são altos ainda, em média de 25 pessoas por dia solicitam esses exames”, contou.

Na certidão de óbito da aposentada Antônia Tavares de Araujo, a dengue consta como uma das causas da morte, ocorrida no fim de janeiro deste ano. Segundo o filho da vítima, Jamires de Araújo, Antônia teve poucos dias de vida após ter contraído a doença.



Com Informações: Paulo Barbosa / G1.com

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