A despeito da atmosfera de crise no relacionamento do seu partido com o governo, Henrique afirma que “não há clima no PMDB para um rompimento com a presidenta Dilma.” Segundo ele, “o partido deseja majoritariamente manter a aliança” com o PT.
Não bastasse a presença de Temer na chapa, afirma Henrique, os antagonistas de Dilma não constituem alternativas capazes de estimular o PMDB a mudar de rumo a poucos meses da eleição. “Nem Aécio Neves nem Eduardo Campos adquiriram musculatura para representar candidaturas viáveis”, diz.
A despeito disso, prossegue Henrique Alves, é preciso reconhecer que há no PMDB uma grande insatisfação. “O desconforto existe, é real. Precisamos consertar. O primeiro passo é abandonar a arrogância e o emocionalismo. Do contrário, podemos perder o rumo. Lamentarei profundamente se isso acontecer.”
Henrique atribui as faíscas que afastam o PMDB do PT ao embate que as duas legendas travam para aumentar suas respectivas bancadas. “Nós queremos eleger 100 deputados. Eles falam em eleger 130. Esse movimento pela renovação das bancadas não pode envolver a presidenta Dilma.”
Para o deputado, Dilma e auxiliares como o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) “deveriam ficar acima das disputas partidárias. Até porque o governo não é apoiado apenas pelo PT, mas por um conjunto de partidos. Se isso for entendido, vai facilitar muito as coisas.”
Henrique recorda que, quando concorreu à presidência da Câmara, parte do PT ensaiou o rompimento do acordo celebrado com o PMDB. E Dilma interveio para avalizar o compromisso. “De novo, ela tem que se colocar acima de PT e PMDB. É melhor para o governo dela e fundamental para a reeleição.”
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