quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

MINAS GERAIS: PREOCUPADO COM A POPULARIDADE GOVERNO DE MINAS ANUNCIA MEDIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA

Preocupado com a popularidade em ano de eleição o governo de Minas reagiu às estatísticas que mostram o aumento da violência em muitos municípios, com destaque para a Região Metropolitana e o Vale do Aço, e anunciou o reforço do policiamento no Estado. A partir de hoje, centenas de policiais militares que se dedicam a funções administrativas vão ajudar no patrulhamento das ruas da capital.
 
O que se pretende é reduzir o sentimento de insegurança dos moradores. As medidas anunciadas, embora sejam as possíveis no momento, serão suficientes para trazer de volta a tranquilidade? Será que os moradores de Belo Horizonte, por exemplo, se sentirão como os de Londres ou Paris no século 19, onde, conforme se vê nos filmes, um policial uniformizado que ronda à noite um quarteirão sopra um apito e logo aparecem, correndo a pé, muitos outros policiais para saber o que houve?
 
Ninguém pensa em equipar a polícia mineira com mais apitos. O que foi prometido na última segunda-feira foram mais viaturas, mais policiais e mais tecnologia, como painéis eletrônicos nas delegacias para acompanhamento das ocorrências, muitas delas a serem registradas via computadores.
Nas próximas semanas, a PM vai receber 378 novas viaturas e a Polícia Civil, a partir de março, mais 450. Até o fim deste semestre, 625 veículos estarão equipados com GPS na Região Metropolitana, podendo o número chegar a 2.500 no Estado.
 
Além disso, será autorizada a abertura de concurso público para nomear mil investigadores da Polícia Civil, entre outras contratações nas duas polícias. Conforme se noticiou ontem, o efetivo das forças de segurança em todo o Estado, que é hoje de 40 mil, será aumentado até o fim do ano em 7.500 pessoas.
 
Tudo isso será insuficiente se os policiais não estiverem bem preparados e motivados a cumprir seu dever para com a população, que paga seus salários – que são todos os mineiros, independentemente do poder aquisitivo. E se não houver leis que de fato criem um clima permanente de segurança. O que se vê são leis – quando não simples Protocolos de Intenções – que não resistem ao tempo e a pressões econômicas.

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