A presença do ex-presidente Lula em Belo Horizonte acirrou ainda mais a queda de braço instalada no PMDB de Minas sobre ter ou não candidatura própria no Estado. A possibilidade de os peemedebistas terem na chapa petista, além da vaga de vice, o candidato para a disputa pelo Senado ficou mais provável e, com isso, acentuou a divisão interna da legenda.
De um lado o senador Clésio Andrade (PMDB), que já colocou seu nome para a disputa do governo, crava que a tese da candidatura própria vai vencer na convenção estadual, prevista para junho. Do outro, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB), cotado para ser o vice na chapa encabeçada pelo ex-ministro Fernando Pimentel (PT), defende a aliança com os petistas.
“O PMDB vai ter candidatura própria. Estou confiante nisso. Temos maioria para vencer na convenção”, enfatizou ontem o senador. Já o ministro ponderou que “o melhor caminho para o PMDB é a composição com o PT de Minas”. “Queremos tomar a decisão antes da convenção, não queremos decidir na convenção”, completou. Na última sexta-feira, Antonio Andrade afirmou em evento liderado por Lula, em Belo Horizonte, que “nós, do PMDB, estaremos juntos com o PT nessa campanha”.
O atual presidente do partido no Estado, deputado federal Saraiva Felipe, admite que a legenda está dividida, mas revela que a situação só poderá ser definida quando Antônio Andrade voltar para o comando da sigla. “Parte quer a candidatura própria e está batalhando por isso. Outra quer compor logo com o PT, principalmente, os deputados estaduais.”
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