Quem apostou contra, perdeu. E perdeu feio. Logo após o resultado do
leilão do campo de Libra, realizado na tarde desta segunda-feira 21, no
Rio de Janeiro, os manifestantes que pressionavam na entrada do hotel
Windsor Barra começaram a se dispersar, as ações da Petrobras confirmam
uma alta de quase 6% na bolsa de valores, os cofres da União foram
abertos para a entrada de um bônus de R$ 15 bilhões e, especialmente,
uma nova aliança estratégica no universo do petróleo acabara de surgir.
Agora, goste-se ou não, nada será como antes.
Com as privadas Shell, holandesa, e Total, francesa, as chinesas
CNOOC e CNC e a brasileira Petrobras lado a lado no mesmo consórcio
vencedor, o mundo recebeu um sinal de que a correlação de forças na
multibilionária plataforma de intrigas e interesses em torno do petróleo
havia acabado de mudar. Juntas, elas possuem nada menos que 30 bilhões
de barris em reservas comprovadas. Isso as colocaria, com folga, se
fossem uma só empresa, no primeiro lugar do ranking mundial do setor.
Com o resultado do leilão de Libra, de saída perderam as grandes
companhias americanas, que ficaram de fora da maior faixa de exploração
do pré-sal. Logo após a descoberta da espionagem oficial dos EUA sobre a
Petrobras e o governo brasileiro, a Exxon, maior petrolífera do mundo, e
a Chevron, terceira no ranking, anunciaram que estavam voltando para
casa. O mesmo caminho tomou a inglesa BP, que aparece na quarta posição
entre as dominantes no setor.
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