Apesar de ter sido
votada na Câmara dos Deputados e no Senado, a minirreforma eleitoral
está longe de mudar, de fato, o sistema eleitoral brasileiro. E, para o
pleito de 2014, as regras deverão ser as mesmas da disputa no ano
passado, mesmo se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entender que o
projeto aprovado na semana passada no Congresso poderá valer no ano que
vem.
Motivos para isso não faltam. A reportagem de jornal O TEMPO
ouviu cientistas políticos que analisaram o texto aprovado pelo
Congresso. Segundo eles, o projeto poderia ser chamado de
“antirreforma”, uma vez que não trata de temas considerados essenciais,
como o financiamento de campanha, a propaganda eleitoral e a fidelidade
partidária.
Outro ponto questionável é o prazo para
validação das regras aprovadas, já que, para poder ser adotado em 2014,
as mudanças deveriam ter passado pelo crivo dos parlamentares até 5 de
outubro – um ano antes do pleito –, o que não aconteceu.
Agora, dependerá do TSE decidir se as
medidas pontuais aprovadas poderão ser aplicadas no ano que vem. Caso
não seja considerada válida, o tribunal poderá editar normas regulando
pontos da lei considerados genéricos ou dúbios. Esse tipo de
procedimento foi utilizado pelo tribunal em disputas anteriores. Um
exemplo aconteceu no ano passado, quando a Corte entendeu que a
utilização do Twitter pelos pré-candidatos configuraria propaganda
antecipada.
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