MINAS GERAIS: SUCESSÃO ESTADUAL

O senador e pré-candidato ao Governo de Minas, Clésio Andrade (PMDB), deixou em aberto o palanque a ser integrado pela sigla peemedebista no estado em 2014. "Meu palanque será de quem nos apoiar", declarou o parlamentar, durante almoço nesta segunda-feira (23), com deputados federais e estaduais de seu partido, em Belo Horizonte (MG). Além disso, o parlamentar negou a possibilidade de o PMDB ser vice numa chapa com o PT, que deve ter como postulante o ministro Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Em meio a uma possível aliança dos peemedebistas tanto com o PSDB do senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (MG), quanto com o PT da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, o parlamentar ressaltou que terá boa articulação política com o Palácio do Planalto. "O próximo governador tem que estar aliado com o governo federal. O desalinhamento dos últimos anos trouxe muitos prejuízos para Minas", afirmou o peemedebista, de acordo com o jornal Estado de Minas.

A pré-candidatura do parlamentar ao Palácio da Liberdade se alinha com a pretensão da Direção Nacional peemedebista, que pretende lançar candidaturas próprias em 20 estados. Mas Andrade negou a possibilidade de haver interferência nacional da sigla na formação do palanque do PMDB em Minas. "O PMDB nacional não interfere nos estados. Não existe mais a vinculação partidária nas eleições, e cada estado pode fazer o que achar melhor", complementou.

Diante da possibilidade de aliança entre PMDB e PSDB em Minas, vale ressaltar que o vice-líder da legenda peemedebista na Assembleia Legislativa do Estado, deputado Adalclever Lopes, não é favorável à coligação do seu partido com os tucanos, a quem o PMDB faz oposição junto com PT e PCdoB.

Com relação ao Partido dos Trabalhadores, Lopes não vê problemas no fato de o partido ter candidato próprio, assim como os peemedebistas, porque, dessa forma, a presidente Dilma teria dois palanques para apoiá-la em 2014.