Mesmo com o anúncio pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) de uma série de ações para reduzir as despesas da máquina administrativa, o governo do Estado não poupou e abriu os cofres em programas para atender os municípios. Ao todo, os investimentos devem ultrapassar os R$ 3 bilhões em 2013. Esse montante, aplicado em ano pré-eleitoral – marcado pela corte nos custos –, gera alguma desconfiança da oposição na Assembleia Legislativa
Em 2010, o tucano foi alvo de uma representação que questionava o aumento do investimento nos dois meses que antecediam o início da campanha eleitoral. Apesar disso, o Executivo estadual segue a mesma linha a um ano da eleição de 2014, aumentando o investimento em relação aos anos anteriores.
“Temos que fazer esse monitoramento para ver se os municípios que estão recebendo os recursos não têm vínculo político com o governo”, afirma o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), líder do bloco Minas Sem Censura na Assembleia. “Não vejo problema com as liberações de recursos, desde que elas sejam republicanas e regulares. Essa modalidade de convênio pode suscitar margens para alguma utilização política”, defende André Quintão (PT).
Para a base aliada de Anastasia, no entanto, os investimentos não têm fim eleitoral. “Se em todo ano de eleição não puder investir, o Estado para de trabalhar de dois em dois anos”, defende o líder da maioria na Casa, Gustavo Valadares (PSD). “Os investimentos que estão sendo feitos fazem parte da política de austeridade. O governo está investindo dentro do controle financeiro”, defende Bonifácio Mourão (PSDB), líder do governo na Assembleia.
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