Em entrevista ao 247, Luiz Fernando Emediato, dono da Geração Editorial, revela como o ex-governador José Serra agiu para barrar o livro “Privataria tucana” que vendeu 15 mil exemplares num dia. Segue trecho:
Por Leonardo Attuch
247 – Você esperava esse desempenho de um livro sobre privatizações que aconteceram há tanto tempo?
Luiz Fernando Emediato – Nunca vi nada igual. Foram 15 mil livros vendidos num único dia. É um fenômeno.
247 – Como foi a estratégia de divulgação?
Emediato – Nós tínhamos receio de alguma ordem judicial que impedisse a distribuição. E não mandamos para nenhuma redação. Apenas o autor enviou um exemplar para a Carta Capital, mas todo o barulho foi feito na internet, inclusive por vocês que anteciparam o lançamento. O sucesso prova que há uma grande transformação na sociedade brasileira e revela a força da blogosfera.
247 – A Geração já mandou rodar uma nova edição?
Emediato – Estamos imprimindo mais 15 mil. Subestimamos a demanda, mas o erro não foi só nosso. Algumas livrarias não estavam acreditando. Mas em uma semana o livro estará, de novo, em todos os pontos comerciais.
247 – Você sofreu alguma pressão para não publicar o livro?
Emediato – Eu não diria pressão, mas há alguns dias fui procurado por uma pessoa que propôs uma conversa com o ex-governador José Serra.
247 – Quem foi?
Emediato – Era o Antônio Ramalho, um sindicalista do PSDB que é vice-presidente da Força Sindical.
247 – Você se sentiu intimidado?
Emediato – Não foi exatamente uma intimidação, até porque a abordagem do Ramalho, de quem sou amigo, foi muito elegante. Sentamos, tomamos um café, ele disse que o Serra queria conversar, eu disse que não e pagamos a conta. Num país democrático, quem se sentir incomodado tem o direito de me processar. Teve uma vez que o Guilherme Afif (vice-governador de São Paulo) veio me atacando aos berros, mas eu não dei muita bola.
247 – Você espera muitos processos?
Emediato – Pode ser, mas os nossos advogados dizem que a chance de perdermos é muito pequena. O livro é muito bem documentado. E não há ataques pessoais. São fatos concretos.
247 – Serra é tido como uma pessoa vingativa.
Emediato – Dizem que o Serra não tem adversários, tem inimigos. Eu acho até que já fui vítima dele, numa matéria da Veja, chamada “O lado negro da Força”, onde me enfiaram sem que eu tivesse nada a ver com aquilo. Mas não foi isso que me levou a publicar o livro. E eu, que me senti ofendido pela Veja, processei a revista. Acho que vou ganhar.
Por Leonardo Attuch
247 – Você esperava esse desempenho de um livro sobre privatizações que aconteceram há tanto tempo?
Luiz Fernando Emediato – Nunca vi nada igual. Foram 15 mil livros vendidos num único dia. É um fenômeno.
247 – Como foi a estratégia de divulgação?
Emediato – Nós tínhamos receio de alguma ordem judicial que impedisse a distribuição. E não mandamos para nenhuma redação. Apenas o autor enviou um exemplar para a Carta Capital, mas todo o barulho foi feito na internet, inclusive por vocês que anteciparam o lançamento. O sucesso prova que há uma grande transformação na sociedade brasileira e revela a força da blogosfera.
247 – A Geração já mandou rodar uma nova edição?
Emediato – Estamos imprimindo mais 15 mil. Subestimamos a demanda, mas o erro não foi só nosso. Algumas livrarias não estavam acreditando. Mas em uma semana o livro estará, de novo, em todos os pontos comerciais.
247 – Você sofreu alguma pressão para não publicar o livro?
Emediato – Eu não diria pressão, mas há alguns dias fui procurado por uma pessoa que propôs uma conversa com o ex-governador José Serra.
247 – Quem foi?
Emediato – Era o Antônio Ramalho, um sindicalista do PSDB que é vice-presidente da Força Sindical.
247 – Você se sentiu intimidado?
Emediato – Não foi exatamente uma intimidação, até porque a abordagem do Ramalho, de quem sou amigo, foi muito elegante. Sentamos, tomamos um café, ele disse que o Serra queria conversar, eu disse que não e pagamos a conta. Num país democrático, quem se sentir incomodado tem o direito de me processar. Teve uma vez que o Guilherme Afif (vice-governador de São Paulo) veio me atacando aos berros, mas eu não dei muita bola.
247 – Você espera muitos processos?
Emediato – Pode ser, mas os nossos advogados dizem que a chance de perdermos é muito pequena. O livro é muito bem documentado. E não há ataques pessoais. São fatos concretos.
247 – Serra é tido como uma pessoa vingativa.
Emediato – Dizem que o Serra não tem adversários, tem inimigos. Eu acho até que já fui vítima dele, numa matéria da Veja, chamada “O lado negro da Força”, onde me enfiaram sem que eu tivesse nada a ver com aquilo. Mas não foi isso que me levou a publicar o livro. E eu, que me senti ofendido pela Veja, processei a revista. Acho que vou ganhar.
"Privataria Tucana",é livro que tá dando o que falar, e os maus políticos que se cuide pois nós cidadãos estamos procurando nos informar a cada dia,e as eleições vem por ai...e não é só a tucanada que vai mal, tem muitos pássaros nesse ninho.
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