As dificuldades em atender a Lei de Responsabilidade Fiscal em meio à crise foi o tema principal da abertura do 33º Congresso da Associação Mineira dos Municípios (AMM). A situação é especialmente preocupante para os prefeitos por ser um ano eleitoral.
O presidente da entidade e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), afirmou que muitos de seus pares vão enfrentar problemas nas eleições. “A maioria dos prefeitos vai ter dificuldades porque não tem condições de fazer aquilo que a população cobra e isso reflete diretamente no processo eleitoral”, afirmou. Ele lembrou que uma pesquisa feita pela AMM mostrou que 74,2% dos prefeitos não vão conseguir fechar as contas neste ano.
O chefe do Executivo de Belo Horizonte e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Marcio Lacerda (PSB), questionou a falta de clareza na lei de responsabilidade fiscal em relação aos restos a pagar. Ele acredita que a falta de uma definição clara sobre o tema gera instabilidade. “Isso cria uma insegurança jurídica que não termina esse ano porque, enquanto estas contas não forem aprovadas, o prefeito estará sempre em uma posição muito insegura”, declarou.
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