Nem só o PT vive o clima de acusações e denúncias. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu da Justiça de São Paulo nos últimos dias uma investigação que envolve os senadores José Serra (PSDB-SP), Marta Suplicy (PT-SP) e o ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O material foi enviado à Corte no dia 6 e foi distribuído ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin.
Kassab, que integrou o governo Dilma Rousseff à frente do Ministério das Cidades, é cotado para assumir uma pasta em um eventual governo Michel Temer. Caberia ao presidente do PSD o Ministério das Comunicações - que pode se fundir com o Ministério da Ciência e Tecnologia. O nome de Serra também deve compor um futuro governo do peemedebista. O tucano foi sondado para assumir a pasta das Relações Exteriores.
A apuração, que chegou ao Supremo com 495 folhas, envolve a suposta prática de atos de improbidade administrativa na gestão da cidade de São Paulo. Marta foi sucedida na Prefeitura da capital paulista por Serra em 2005. Em 2006, o tucano deixou o cargo para concorrer nas eleições estaduais de São Paulo e a Prefeitura passou para as mãos de Kassab, que se reelegeu para mais um mandato na sequência.
A suspeita levantada em investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo, segundo fonte com acesso ao caso, é de que os prefeitos tenham incorrido em crime de responsabilidade relacionado a aumento de salário de professores em desacordo com a lei orgânica municipal. O material da investigação ainda não foi tornado público no sistema eletrônico do Supremo Tribunal Federal.
A remessa do caso ao STF se deve ao fato de Marta e Serra possuírem foro privilegiado perante a Corte, em razão do mandato parlamentar. Não se sabe até o momento, contudo, a razão de a remessa só ter sido determinada agora.
Mas diferente como os petistas são tratados a mídia apenas faz um suscita referência, sem se aprofundar nos fatos.
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