A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai, explica que a vacina oferecida pelo sistema público sofreu uma mudança este ano em relação a 2015. Ela oferece a mesma proteção contra o H1N1 que a anterior, mas combate subtipos diferentes dos vírus H3N2 e influenza B. Dessa forma, a dose antiga pode ser útil contra o surto atual — tanto que São Paulo a adotou de maneira emergencial. Mas esses pacientes que estão recebendo a vacina antiga agora deverão voltar aos postos para a dose atualizada. O intervalo recomendado entre uma e outra é de 30 dias.
Há essa necessidade porque, de um ano para outro, a vacina da gripe é alterada de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que leva em consideração os subtipos de vírus mais comuns em cada hemisfério no período. Professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, o pediatra e epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro lembra ainda que as vacinas de gripe têm eficácia de 6 meses a um ano, dependendo da reposta do indivíduo à imunização. “Mesmo que a vacina oferecida em 2016 fosse idêntica à de 2015, seria necessário repetir”, reforça.
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