Com a bruxa solta e o clima de fim de festa
no meio político, a pergunta que surge natural neste momento: como será
daqui pra frente e como imaginar as próximas eleições municipais, em
2016?
Falta exatamente um ano, e as coordenadas, que em outras épocas eram previsíveis, estão agora muito incertas. Os nomes de candidatos favoritos inexistem. Pretendentes sobram, mas viabilidade, credibilidade e autoridade para dar consistência à pretensão carecem.
O conceito de partidos – rótulo que engarrafa um conteúdo por demais conhecido e parecido – sofreu uma corrosão até então desconhecida. O que faz a diferença não são os programas, mas são os nomes referenciais. Contudo, até nisso, não existe segurança para prever as condições em que chegarão à data de outubro do ano vindouro, e se chegarão lá.
Embora a incerteza seja a única certeza, o prognóstico favorece quem encarar a “novidade”, a “ética”, a “não submissão aos acertos tradicionais”, a “independência” para poder exercer cargos em favor do bem comum, e não de quem, como o petróleo escancarou, se locupleta com a coisa pública e seus anexos.
Chegar ao nível de conseguir viabilizar uma candidatura, partindo do nada e sendo obrigado a atravessar pedágios, gargalos e complicações das normas eleitorais, representa um desafio terrível para quem não é do meio.
As regras favorecem a manutenção do poder, foram criadas por quem chegou lá e lá quer ficar, cria barreiras intransponíveis para quem não tem faro e faróis para transitar nessa dantesca, no sentido de infernal, “foresta oscura”.
Pode-se imaginar, faltando 12 meses, que o eleitorado exigirá do candidato um perfil despojado, de conversa simples e de propostas moralizadoras e austeras, com passado de respeitabilidade. A tradicional demagogia que prevaleceu em outras eleições não deverá dar resultados compensadores. As redes sociais, no auge que alcançaram, serão a grande novidade apesar do mau uso a que estão expostas.
A crise econômica, com os tormentos que trouxe ao eleitor, deve aumentar a importância dos aspectos éticos dos candidatos, da honestidade. O “rouba, mas faz” já está em crise e mais ainda estará, e quem “faz o que a honestidade permite” deverá ter vantagem.
A mesma onda moralizadora que se levantou em países da Europa, com aspectos desatrelados do clichê político tradicional, vem se formando aqui também, em lugares distantes do que vige nos parlamentos atuais. E, como surpreendeu lá fora, tem tudo para surpreender aqui.
A clareza do discurso, sua simplicidade, a capacidade de convencer que uma administração municipal pode ser acessível a qualquer um. O desmonte da burocracia cartorial e sua substituição por métodos ágeis, econômicos, previsíveis. Acesso aos serviços públicos e sua previsibilidade precisarão ser explicados.
No Brasil as eternas e insolúveis demandas, como educação, saúde pública e segurança, pautarão obviamente as discussões, mas, se anteriormente eram acenadas e prometidas como prioridade, desta vez se exigirá explicação técnica e consistente, mostrando os caminhos para realizá-las.
As dificuldades enfrentadas pelo cidadão e a decepção com administradores que não conseguiram atender os compromissos e as juras anteriores imporão aos candidatos a necessidade de comprovar preparo e capacidade. Os candidatos serão questionados e cobrados como nunca.
O eleitor cansou-se de desperdiçar seu voto.
Falta exatamente um ano, e as coordenadas, que em outras épocas eram previsíveis, estão agora muito incertas. Os nomes de candidatos favoritos inexistem. Pretendentes sobram, mas viabilidade, credibilidade e autoridade para dar consistência à pretensão carecem.
O conceito de partidos – rótulo que engarrafa um conteúdo por demais conhecido e parecido – sofreu uma corrosão até então desconhecida. O que faz a diferença não são os programas, mas são os nomes referenciais. Contudo, até nisso, não existe segurança para prever as condições em que chegarão à data de outubro do ano vindouro, e se chegarão lá.
Embora a incerteza seja a única certeza, o prognóstico favorece quem encarar a “novidade”, a “ética”, a “não submissão aos acertos tradicionais”, a “independência” para poder exercer cargos em favor do bem comum, e não de quem, como o petróleo escancarou, se locupleta com a coisa pública e seus anexos.
Chegar ao nível de conseguir viabilizar uma candidatura, partindo do nada e sendo obrigado a atravessar pedágios, gargalos e complicações das normas eleitorais, representa um desafio terrível para quem não é do meio.
As regras favorecem a manutenção do poder, foram criadas por quem chegou lá e lá quer ficar, cria barreiras intransponíveis para quem não tem faro e faróis para transitar nessa dantesca, no sentido de infernal, “foresta oscura”.
Pode-se imaginar, faltando 12 meses, que o eleitorado exigirá do candidato um perfil despojado, de conversa simples e de propostas moralizadoras e austeras, com passado de respeitabilidade. A tradicional demagogia que prevaleceu em outras eleições não deverá dar resultados compensadores. As redes sociais, no auge que alcançaram, serão a grande novidade apesar do mau uso a que estão expostas.
A crise econômica, com os tormentos que trouxe ao eleitor, deve aumentar a importância dos aspectos éticos dos candidatos, da honestidade. O “rouba, mas faz” já está em crise e mais ainda estará, e quem “faz o que a honestidade permite” deverá ter vantagem.
A mesma onda moralizadora que se levantou em países da Europa, com aspectos desatrelados do clichê político tradicional, vem se formando aqui também, em lugares distantes do que vige nos parlamentos atuais. E, como surpreendeu lá fora, tem tudo para surpreender aqui.
A clareza do discurso, sua simplicidade, a capacidade de convencer que uma administração municipal pode ser acessível a qualquer um. O desmonte da burocracia cartorial e sua substituição por métodos ágeis, econômicos, previsíveis. Acesso aos serviços públicos e sua previsibilidade precisarão ser explicados.
No Brasil as eternas e insolúveis demandas, como educação, saúde pública e segurança, pautarão obviamente as discussões, mas, se anteriormente eram acenadas e prometidas como prioridade, desta vez se exigirá explicação técnica e consistente, mostrando os caminhos para realizá-las.
As dificuldades enfrentadas pelo cidadão e a decepção com administradores que não conseguiram atender os compromissos e as juras anteriores imporão aos candidatos a necessidade de comprovar preparo e capacidade. Os candidatos serão questionados e cobrados como nunca.
O eleitor cansou-se de desperdiçar seu voto.
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