Um pedido de vista do
ministro Henrique Neves adiou o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
da prestação de contas eleitorais do governador de Minas, Fernando Pimentel
(PT).
Na sessão
desta terça, a relatora do recurso do petista, ministra Maria Thereza de Assis
Moura, votou pela rejeição das contas da campanha, mas opinou contra a multa de
R$ 52 milhões imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas.
Mesmo com
o pedido de vista, o ministro João Otávio de Noronha pediu para adiantar seu
voto pela aprovação das contas e, consequentemente, a suspensão da multa.
Assim, o julgamento está empatado no que diz respeito ao recurso (um voto a
favor de Pimentel e um contrário), mas favorável ao governador mineiro em
relação à aplicação da multa (dois votos contrários à sanção). Ainda faltam os
votos de cinco ministros, e não há prazo para que Henrique Neves libere
novamente a ação.
Em
dezembro de 2014, o TRE desaprovou a prestação de contas de campanha de
Pimentel alegando irregularidades na emissão de recibos eleitorais,
extrapolação de limite de gastos em R$ 10 milhões, entre outras
inconsistências. O petista recorreu ao TSE.
Ao mesmo
tempo, com base na reprovação da Justiça Eleitoral mineira, o Ministério
Público Eleitoral (MPE) apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral
(Aije) no TRE pedindo a perda do mandato do petista. Em março, Pimentel
conseguiu suspender em caráter liminar a tramitação desta Aije até que o
recurso ao TSE fosse julgado. Contudo, em julho, a Corte mineira decidiu dar
prosseguimento à ação eleitoral, que não foi concluída.
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