Elite de 71 mil pessoas possui 22,7% da riqueza do Brasil
O topo da pirâmide social brasileira é formado por 71.440 pessoas com renda mensal superior a 160 salários mínimos, totalizando rendimentos de R$ 298 bilhões e patrimônio de R$ 1,2 trilhão em 2013.
Os dados foram divulgados pela primeira vez, pela Receita Federal e publicado no Valor Econômico.
Essa elite de 0,3% dos declarantes do Imposto de Renda ou 0,05% da população economicamente ativa concentra 14% da renda total e 22,7% da riqueza do país em bens e ativos financeiros.
Quando escreveu seu livro O Capital Século XXI, o economista francês Thomas Piketty pediu acesso aos dados brasileiros e não recebeu.
Os números mostram a necessidade urgente de uma reforma tributária progressiva no imposto de renda, com a aprovação do imposto de grandes fortunas e aumento das alíquotas nas heranças e doações, sobre o lucro extraordinário. E principalmente sobre os ganhos financeiros.
Em junho, a bancada do PT na Câmara entrou com um requerimento de urgância para votação sobre a tributação de grandes fortunas, um projeto de lei complementar apresentado pelo deputado Paulo Teixeira (PT/SP) que tramita há três anos na Casa.
O projeto de lei de Teixeira, o PL 130/2012, prevê uma alíquota de 0,5 % a 1% sobre patrimônio líquido de alto valor que exceda 8 mil vezes o valor do limite mensal de isenção do Imposto de Renda, o que corresponde a R$ 14.302,160 milhões.
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