O comando do PMDB e o Palácio do Planalto consideram inevitável que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, venha a ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Quando a denúncia vier, no âmbito da Operação Lava Jato, haverá pressão para Cunha se afastar do cargo de presidente da Câmara. Se for esse o desfecho, quem no PMDB poderá substituí-lo? Esse debate já começou dentro do PMDB e no Palácio do Planalto.
Por enquanto, a lista dos possíveis substitutos está em formação. Poucos têm relevância na bancada peemedebista atual para tentar construir um consenso.
Caciques peemedebistas citam preliminarmente alguns nomes que poderiam agradar ao PMDB e ao Palácio do Planalto (não necessariamente nessa ordem): os deputados federais Lelo Coimbra (ES), Osmar Terra (RS) e Edinho Araújo (SP), este último atualmente ministro dos Portos.
SAÍDA “ALDO REBELO”
Em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) caiu no caso conhecido como “mensalinho”, a presidência da Câmara foi entregue a um deputado considerado equilibrado e respeitado pelos demais, mas de uma sigla bem pequena: Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) caiu no caso conhecido como “mensalinho”, a presidência da Câmara foi entregue a um deputado considerado equilibrado e respeitado pelos demais, mas de uma sigla bem pequena: Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Aldo hoje não é mais deputado –está sem mandato e é titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Quem poderia ser o “Aldo” atual? Não há consenso, mas ouve-se no Planalto e entre peemedebistas o nome de Miro Teixeira, ex-ministro de Lula e hoje filiado ao minúsculo Pros, do Rio.
Miro (que já foi filiado antes ao PMDB, PP, PDT, PPS e PT) tem 70 anos e foi eleito pela 11ª vez em 2014. É o deputado federal em atividade com mais mandatos.
REAÇÃO DE EDUARDO CUNHA
O que não se encaixa nessa equação preparada pela cúpula do PMDB e pelo Planalto é o fato de Eduardo Cunha estar decidido a não sair de sua cadeira se e quando for denunciado por Rodrigo Janot.
O que não se encaixa nessa equação preparada pela cúpula do PMDB e pelo Planalto é o fato de Eduardo Cunha estar decidido a não sair de sua cadeira se e quando for denunciado por Rodrigo Janot.
“Quem é denunciado não é réu. Primeiro, o Supremo terá de aceitar a denúncia. Eu já fui réu outra vez, mas fui absolvido depois. Vai prevalecer a presunção da inocência”, diz Cunha a quem o pergunta sobre o tema.
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