O poeta não está mais vivo, mas sua poesia, sim. Há exatos 25 anos,
uma das figuras mais populares e talentosas da música brasileira morria
precocemente. Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, faleceu em 7 de
julho de 1990, vítima de complicações decorrentes da aids, mas sua
música ainda é tocada em festas, shows e rádios.
A relevância de Cazuza ainda hoje pode ser quantificada em números:
um quarto de século depois de morrer, ele ainda figura nas listas dos
cem maiores arrecadadores do Escritório Central de Arrecadação e
Distribuição (Ecad). Na contagem que calcula arrecadamento de direitos
em música ao vivo, o carioca figura na 25ª posição. Para o comunicador
do Grupo RBS Márcio Paz, a explicação pode estar no fato de que, em todo
esse tempo, não houve alguém que preenchesse o vazio deixado com a
morte do poeta. “Acho que os fãs ficaram órfãos, porque não surgiu
nenhum substituto”.
Não é que as composições do carioca fossem alegres ou festivas, mas
músicas como Maior Abandonado e Brasil estão sempre entre as mais
pedidas de eventos como a Cadê Tereza?, festa de música brasileira que
ocorre mensalmente em Porto Alegre. Nanni Rios, uma das organizadoras,
lembra que Cazuza tinha esta capacidade: transformar problemas e
revoltas em festa.
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