A principal resistência dos partidos à adoção do voto distrital misto alemão, defendido pelo PSDB, é a de definir quem vai dividir os distritos. Não aceitam que a tarefa fique com técnicos do TSE. Caso recente ilustra a questão. O Congresso não aceitou que o Tribunal redistribuísse as vagas à Câmara devido às mudanças do número de eleitores dos estados. Mantiveram o “status quo” e afirmaram: o assunto é do Congresso.
Casuísmo: o distrito salamandra
Nos EUA, são os governadores e os Legislativos estaduais que decidem os distritos. Estes vão sendo alterados pelo interesse de quem está no poder. O casuísmo vem de longe e é praticado por democratas e republicanos. Foi usado pela primeira vez pelo governador de Massachusetts Elbridge Gerry (1810-1812), que, ao redesenhá-los, o mais manipulado dos distritos ficou com a imagem de uma salamandra. Agora, neste mês, a Suprema Corte americana mandou o estado do Alabama refazer sua redivisão distrital. Concluiu que os republicanos tiveram o objetivo de concentrar os eleitores afrodescendentes (democratas) em determinados distritos.
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