A distribuição das comissões e lideranças na Assembleia mineira, que não deixou sobrar quase nada para o PSDB, expôs uma insatisfação interna na legenda. O deputado estadual João Vítor Xavier, um dos pré-candidatos do partido a disputar a Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem, reclamou do excesso de concessões feitas a aliados políticos. Segundo ele, a prática fez o partido encolher no estado e deixou os tucanos praticamente sem posições de destaque no Legislativo.
té o ano passado, o PSDB comandava as principais comissões da Casa. Agora ficou apenas com a de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, presidida por Antônio Carlos Arantes. A outra que seria dos tucanos, de Minas e Energia – cobiçada ainda mais este ano diante do cenário de crise hídrica –, seria presidida por João Vitor, mas ele teve o nome preterido por Gil Pereira (PP). Segundo o tucano, seu nome caiu depois de ele ser consultado por um deputado ligado a mineradoras e dizer que, apesar de não ser inimigo delas, não iria fazer concessões que fossem prejudiciais ao estado. Foi o estopim para iniciar o fogo amigo.
O deputado reclamou do fato de o PSDB ter cedido ao DEM a liderança do bloco de oposição. Disse ainda que o partido deixou de se empenhar na campanha de parlamentares tucanos que não foram reeleitos para investir em outros nomes que agora foram para o bloco independente no Legislativo. “O partido tinha 22 deputados, caiu para 15 e continuou abrindo mão das coisas, agora temos nove. Em compensação, deputados eleitos nas costas do PSDB, como o Tiago Cota (PPS) e a bancada do PTN, já nos viraram as costas”, disse.
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